Economia
Fed sugere juros em torno de 2%, diz membro indicado por Trump

Stephen Miran, diretor do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, apresentou nesta segunda-feira, 22, uma avaliação indicando que a taxa de juros ideal nos Estados Unidos deveria estar entre 2,0% e 2,5%.
Indicado pelo presidente Donald Trump para o Conselho do Fed, Miran foi o único membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) a votar por um corte mais significativo de 50 pontos-base na última reunião, a primeira em que participou.
Miran destacou que sua visão sobre a política monetária adequada difere da opinião dos demais membros do FOMC.
Ele afirmou seu compromisso em reduzir a inflação dos EUA para a meta de 2%, mas alertou que manter uma política monetária muito restritiva pode trazer riscos consideráveis para o objetivo do Fed em manter empregos.
O diretor criticou a decisão do Fed de manter os juros cerca de dois pontos percentuais acima do necessário, ressaltando que essa postura pode aumentar o desemprego e levar a cortes nas contratações.
Segundo Miran, manter a taxa de juros muito alta apresenta riscos reais para o objetivo de emprego do Fed e que atrasar a atualização das taxas neutras pode levar a erros na política monetária.
Ele explicou que fatores como aumento das taxas de imigração e grandes reduções na poupança nacional líquida por motivos fiscais, que afetam as taxas neutras, não foram plenamente considerados nas estimativas anteriores.
Miran também alertou que juros elevados podem prejudicar o crescimento econômico, prevendo que a inflação de aluguéis caia de 3,5% para algo abaixo de 1,5% até 2027. Sobre tarifas, ele considerou que pequenos aumentos nos preços de alguns produtos geraram uma preocupação exagerada.

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