Conecte Conosco

Centro-Oeste

Goiás contesta aumento das tarifas do transporte no Entorno e cita proteção às empresas

Publicado

em

Um dia depois da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciar o aumento das tarifas do transporte público na região do Entorno do Distrito Federal, que passou a valer na terça-feira (23/9), o governo de Goiás se manifestou, afirmando que a medida favorece os interesses financeiros das empresas.

Em comunicado, o Executivo de Goiás rebateu uma afirmação da ANTT, que mencionava que, apesar dos esforços intensos durante sete meses, incluindo diálogos constantes, reuniões semanais e orientações técnicas para viabilizar o consórcio interfederativo, ainda não foi entregue a versão final assinada pelos governos de Goiás e Distrito Federal.

Segundo o governo goiano, a proposta para criação do consórcio foi apresentada em fevereiro por Goiás e DF, mas só recebeu uma resposta oficial do governo federal em agosto.

O governo também apontou que o reajuste evidencia a priorização dos interesses das empresas de transporte em detrimento das necessidades da população. Conforme a nota, a própria ANTT classificou o aumento como um “direito assegurado às transportadoras pela legislação”, o que, na prática, coloca o lucro comercial acima do interesse social. Portanto, a decisão de aplicar o aumento protegendo os ganhos das empresas foi destacada.

A nota ressaltou o pedido de prorrogação da suspensão do reajuste por mais 90 dias, enviado em agosto pelos governos, apontando que esse prazo seria essencial para concluir as etapas institucionais para a criação do Consórcio Interfederativo de Mobilidade (CIRME). A prorrogação também tinha um caráter social, buscando evitar o impacto financeiro sobre milhares de trabalhadores e estudantes que dependem do transporte público.

Porém, a última suspensão concedida teve duração de apenas 30 dias, fato que o Executivo goiano lamentou, descrevendo a decisão como inadequada e que dificulta ainda mais as negociações.

A nota crítica ainda destacou que a ANTT atribui exclusivamente aos governos de Goiás e DF a responsabilidade pela não formalização do consórcio, ignorando que a própria agência impôs prazos insuficientes e mudanças no cenário promovidas pelo Ministério dos Transportes e pela própria ANTT, que contribuíram para o atraso.

O Metrópoles tentou contato novamente com a ANTT para comentar as críticas feitas pelo governo de Goiás, mas até a última atualização não recebeu resposta. O texto será atualizado caso alguma manifestação seja emitida.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados