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Orquestra Criança Cidadã em turnê pela paz na Coreia, Japão e Vaticano

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Onze jovens da Orquestra Criança Cidadã (OCC), da unidade do Coque, no Recife, partem nesta quinta-feira para uma turnê de cinco concertos do projeto Concertos pela Paz, em três países: Coreia do Sul, Japão e Vaticano. As apresentações ocorrerão no Youngsan Art Hall (30/09), em Seul (Coreia do Sul); no Parque Memorial da Paz (04/10), em Hiroshima (Japão); na Expo 2025 (05/10), em Osaka (Japão); e diante do papa Leão XIV, no Vaticano (08/10).

Sob a batuta do maestro José Renato Accioly, os músicos têm entre 16 e 22 anos e possuem mais de uma década na OCC. Eles são: Pedro Henrique da Silva (violino), Maria Eduarda da Silva (viola), Cleybson Oliveira (cello), Ana Clara de Souza (viola), Lucas Gabriel Pereira (percussão), Lídia da Silva (percussão), Callyandra Batista (cello), André Ribeiro (violino), Geyphane Pereira (violino), Jéssica do Monte (violino) e João Victor de Araújo (percussão).

“Nosso objetivo é mostrar que através da arte não existe conflito. Na arte há espaço para a humanização, a empatia e a integração entre os povos”, afirmou o maestro Renato Accioly.

Os jovens músicos foram escolhidos por audições às cegas, garantindo imparcialidade no processo seletivo. Acompanhando-os, estão o professor de violoncello Davi Cristian de Andrade e o contrabaixista Antonino Tertuliano, ex-aluno com destaque internacional que atualmente vive em Munique, Alemanha.

“Sabemos que a música não promove a paz diretamente, mas pode incentivar a reflexão coletiva. Ela é uma linguagem universal que transcende raça e etnia, alcançando os corações das pessoas. Portanto, apesar de ser uma viagem de música, a responsabilidade é grande por transmitir a mensagem da paz”, destacou o professor.

Perfil dos jovens músicos

Jéssica do Monte, de 19 anos, está no quarto período do bacharelado em música na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com especialização em violino. Com 10 anos de orquestra, esta será sua terceira turnê com a OCC e a segunda vez que tocará para um papa, símbolo mundial da luta pela paz.

“Estou ansiosa para tocar com meus colegas e conhecer as culinárias do Japão e Coreia, tão diferentes das nossas. Sinto-me honrada em fazer parte novamente desta missão pela paz. Minha família está muito orgulhosa. É uma grande responsabilidade, mas estamos nos preparando da melhor forma para essa experiência”, compartilhoul.

Delegação multicultural

Este ano, o grupo ampliou o convite à paz incluindo duplas de países com conflitos ou tensões diplomáticas: músicos do Irã, Israel, Ucrânia, Rússia, Coreia do Sul e Coreia do Norte se juntam à orquestra brasileira.

Concertos e repertório

Os concertos têm cerca de 70 minutos e são divididos em duas partes. O repertório inclui clássicos brasileiros e composições dos países dos integrantes, formando o medley batizado de “Rapsódia das Nações”. Entre as peças brasileiras estão “Samba de Verão” e “Tico-tico”.

Pela primeira vez, a percussão da orquestra participa efetivamente das apresentações. Lídia Sotero, de 19 anos e única percussionista do grupo, expressou sua empolgação:

“Minha família e eu estamos muito animadas. Quando vou dormir, já penso que o momento está chegando. Houve muitos ensaios e preparativos para tudo sair perfeito. Sou grata pela oportunidade de participar de uma viagem incrível que levará a mensagem de paz ao mundo, mostrando que na arte não há espaço para guerra”, disse.

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