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Trump está cada vez mais impaciente com a Rússia pela Ucrânia, diz vice dos EUA

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou nesta quarta-feira (24) que Donald Trump está demonstrando uma impaciência crescente com Moscou, após o endurecimento da postura americana frente à Rússia devido à paralisação das tentativas diplomáticas para o fim da guerra na Ucrânia.
Na terça-feira, durante a ONU, o presidente americano surpreendeu ao sugerir que a Ucrânia pode não apenas reconquistar todo o território perdido para a Rússia, mas até avançar além disso.
JD Vance explicou que Trump está impaciente porque acredita que a Rússia não está fazendo o suficiente para ajudar a terminar o conflito. Ele também alertou que, caso a Rússia recuse negociar de forma sincera, as consequências para o país serão muito graves.
Em encontro em Nova York, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, pediu o fim da violência na Ucrânia e exigiu que Moscou tome medidas concretas para uma solução duradoura, em uma troca tensa com o ministro russo Sergei Lavrov. Em resposta, Lavrov ressaltou que os planos de Kiev e algumas capitais europeias para prolongar o conflito são inaceitáveis.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, elogiou a mudança de postura de Trump, mas alertou que a Otan não é suficiente para garantir a segurança do seu país. Segundo Zelensky, a fragilidade das instituições internacionais mantém o conflito ativo, mesmo com a Ucrânia sendo parte da aliança militar.
Zelensky também destacou que teve uma boa reunião com Trump, na qual discutiram formas de fortalecer o apoio europeu e americano à Ucrânia.
A sugestão de Trump de que Kiev pode vencer a guerra, apoiada pela União Europeia e pela Otan, representa uma mudança radical em sua posição, que antes era cética quanto à recuperação dos territórios ucranianos.
Enquanto isso, Zelensky alertou para o risco de a Moldávia perder influência para a Rússia, assim como Belarus e a Geórgia já fizeram. Ele comparou a tentativa russa de domínio na Moldávia à influência do Irã no Líbano e reforçou que a Europa não pode permitir que isso aconteça.
A Moldávia, uma ex-república soviética, realizará eleições neste domingo, em um cenário onde a presidente pró-europeia Maia Sandu enfrenta campanhas de desinformação ligadas à Rússia.
Zelensky também chamou atenção para o desenvolvimento de drones autônomos e veículos aéreos não tripulados capazes de atacar outros drones e infraestruturas sensíveis.
Ele afirmou que o mundo está vivenciando a corrida armamentista mais perigosa da história, agora com a participação da inteligência artificial, e questionou se haverá paz na Terra sem uma resposta global eficaz às ameaças e uma base sólida para a segurança internacional.

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