Netanyahu critica líderes que reconheceram Estado palestino

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, manifestou nesta quinta-feira sua desaprovação em relação aos governantes que reconheceram a Palestina como Estado antes de sua viagem a Nova York, onde irá se encontrar com Donald Trump e discursar na Assembleia Geral da ONU na sexta-feira.

“Na Assembleia Geral, apresentarei a nossa verdade: a verdade dos cidadãos de Israel, dos soldados e da nossa nação”, afirmou Netanyahu no aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, antes da viagem, segundo nota oficial de seu gabinete.

Ele acrescentou: “Condemnarei os líderes que, em vez de repudiar criminosos responsáveis por atrocidades contra crianças, desejam conceder-lhes um Estado bem no coração de Israel”.

Netanyahu, que enfrenta desde novembro de 2024 um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes contra a humanidade e de guerra em Gaza, reafirmou que a criação de um Estado palestino não será permitida.

Na segunda-feira, a França liderou uma reunião especial durante a Assembleia Geral em que vários países ocidentais reconheceram a Palestina como Estado, com o objetivo de avançar na busca pela paz após quase dois anos de conflito em Gaza.

França, Reino Unido, Canadá, Austrália, Portugal e Bélgica anunciaram o reconhecimento da Palestina como Estado.

O líder israelense também planeja um novo encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Conversarei com ele sobre as grandes oportunidades que nossas conquistas trouxeram, além da necessidade de cumprir os objetivos do conflito: resgatar todos os nossos reféns, derrotar o Hamas e ampliar a zona de paz que se abriu para nós”, declarou Netanyahu.

As forças armadas de Israel lançaram uma ofensiva intensiva na Cidade de Gaza, principal centro urbano palestino, o que forçou centenas de milhares de pessoas a deslocarem-se para o sul da Faixa de Gaza.