Economia
BB amplia crédito verde com captação de US$ 100 mi

O Banco do Brasil realizou a captação de US$ 100 milhões com o banco francês Credit Agricole CIB, destinados ao financiamento de projetos sustentáveis no Brasil. Este montante integra a operação Eco Invest Green Repo, dentro do Programa Eco Invest Brasil, apoiando empresas que buscam melhorar a sustentabilidade de suas operações e cadeias produtivas por meio de investimentos em transição ecológica.
Os recursos captados serão utilizados para refinanciar operações de crédito vinculadas a iniciativas sustentáveis no país, abrangendo diversas áreas, desde matrizes energéticas renováveis até a adoção de práticas agrícolas com baixa emissão de carbono.
O programa prevê dois leilões: o primeiro, iniciado em maio, foca em projetos de eficiência energética, economia circular, bioeconomia e infraestrutura industrial verde, com liberação já iniciada em junho, visando R$ 4,8 bilhões; o segundo, previsto para o final de 2025, destina-se a projetos de recuperação de áreas rurais degradadas, aumento da produtividade agrícola e combate ao desmatamento.
As características dos leilões são definidas pela Secretaria do Tesouro Nacional, incluindo diretrizes como a destinação de 10% dos recursos para o bioma caatinga e 50% para projetos relacionados à produção de alimentos no segundo leilão.
Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, afirmou que além do segmento empresarial, os recursos também poderão ser direcionados a produtores rurais pessoa física, fundos de investimento e cooperativas, beneficiando produtores de menor porte.
No primeiro leilão, destacaram-se empresas envolvidas em projetos públicos e privados, com exceção de algumas de menor porte, sem foco específico em biomas ou regiões.
A participação do banco francês complementa US$ 4,5 bilhões em recursos internacionais comprometidos com impacto climático. O Credit Agricole CIB, um dos maiores bancos de investimento globais, tem direcionado esforços para financiamento sustentável e responsabilidade ambiental.
Em setembro, o Credit Agricole foi destaque internacional ao ser o primeiro banco francês implicado em um esquema de evasão fiscal conhecido como “cum-cum”. A instituição apresentou auditorias sobre suas contas entre 2013 e 2021 e concordou em pagar uma multa de 88 milhões de euros, evitando processos judiciais por essas irregularidades.

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