Economia
Especialista alerta que Oi não gera caixa suficiente para custos

Mesmo após recentes alterações em suas operações, a Oi ainda não consegue produzir fundos suficientes para cobrir suas despesas, dispondo de caixa que sustenta suas atividades por no máximo nove meses, caso a situação não mude.
O ajuste ao plano de recuperação judicial em vigor também não trará a liquidez necessária, que dependerá da venda de ativos.
Essas conclusões foram apresentadas pelo escritório Pinto Machado Advogados, com o laudo assinado pelos advogados Adriano Pinto Machado e Bruna Tarabossi Pereira.
O escritório foi contratado para avaliar a viabilidade financeira da Oi, atuando como um observador independente no processo de recuperação judicial da empresa.
A atuação do observador foi determinada pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro durante o pedido de alteração do plano de recuperação realizado pela Oi em julho.
O aditivo traz flexibilização nas condições de pagamento, atingindo credores trabalhistas e fornecedores.
No relatório entregue à Justiça, o observador destaca que, a curto prazo, a situação financeira da empresa permanece desfavorável, salientando que o grupo não gera recursos suficientes para cobrir seus custos operacionais.
Assim, a Oi precisará utilizar a reserva financeira atual de R$ 936,2 milhões para manter suas operações. Conforme o relatório, tal caixa tem duração prevista de até nove meses, caso a situação financeira da companhia não melhore.

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