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Ex-assessor de Agnelo é investigado pelo MP

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O Ministério Público do Distrito Federal abriu investigação para apurar denúncia de que um funcionário da Secretaria de Saúde que já foi assessor do governador Agnelo Queiroz quando ele era ministro do Esporte recebia propina de uma empresa que presta serviço ao GDF. A ação, gravada em vídeo, foi revelada nesta quinta-feira pelo site da revista “Época”.

De acordo com a reportagem, o dinheiro abastecia um caixa 2 da campanha do governador. Em nota, Agnelo e a coordenação de campanha dele negam envolvimento com irregularidade

O MP confirmou a abertura da investigação e informou que o vídeo é verdadeiro, mas que não comentaria o caso.

O vídeo do suposto repasse ilegal de dinheiro mostra o motorista Cícero Cândido Sobrinho, conhecido como Ciço, se encontrando no acostamento de uma rodovia com o gerente de uma empresa agropecuária que aluga galpões para a Secretaria de Saúde. O motorista trabalha na pasta e foi assessor de Agnelo quando ele era ministro do Esporte.

A exoneração de Ciço do cargo comissionado que ocupava na Secretaria de Saúde foi publicada em edição extra do Diário Oficial do DF, na tarde desta quinta.

A gravação mostra Ciço e o funcionário da empresa agropecuária, identificado como Eduardo Alves, saindo dos carros e conversando. Ciço vai então até o carro do gerente e parece falar com outra pessoa no veículo. Alves segue em direção ao carro em que estava Ciço com o que parece ser um maço de dinheiro na mão. Pela janela do motorista, ele deixa o volume no carro e volta para o veículo dele. Os dois se despedem e vão embora.

A reportagem diz que o automóvel conduzido pelo motorista da Secretaria de Saúde é alugado pelo GDF. Segundo a revista, o gerente da empresa afirmou em depoimento ao Ministério Público que o volume era dinheiro e continha R$ 9,5 mil. Alves teria dito ao MP que entrega propina a Ciço desde 2012 e que o valor se destinava às campanhas de Agnelo e do ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa, que é candidato a deputado federal.

À revista, Barbosa afirmou jamais ter recebido dinheiro de Cícero ou ter tido contato com a empresa contratada quando ele era secretário. “Ele (Cícero) nunca me ajudou em nada. Ele me dá é muita dor de cabeça. Ele não tá na minha campanha. Não é coordenador da minha campanha. Ele ajuda voluntariamente. Ele ajuda na rua pedindo voto”, disse.

A coordenação de campanha do governador Agnelo Queiroz enviou ao G1 uma nota em que refuta qualquer ligação entre as imagens e a disputa eleitoral. Segundo a nota, o funcionário do governo do DF que aparece nas imagens “não está e nunca esteve autorizado a receber doações de campanha”. A reportagem, de acordo com a nota, foi baseada em “ilações desprovidas de evidências”.

Em resposta à revista, Agnelo afirmou que “todas as receitas de campanha decorrem de contribuições legais”. O governador disse ainda que Cícero Sobrinho e Ailton Pereira de Almeida, dono da empresa agropecuária, não têm nenhuma participação na disputa pelo Palácio do Buriti.

A Agropecuária São Gabriel aluga para a Secretaria de Saúde do DF, por R$ 31.850 ao mês, um galpão no setor industrial do Gama. O espaço é usado como depósito de equipamentos sem utilidade, como computadores e móveis velhos. O contrato entre as partes foi assinado com dispensa de licitação em 2011. Segundo o Portal da Transparência do governo, desde então já foram pagos R$ 1.250.001,66 para a empresa.

Cícero Cândido Sobrinho foi assessor de Agnelo Queiroz no Ministério do Esporte. Ele é filiado ao PCdoB, ex-partido do atual governador do DF, desde 1997. Veja íntegra da nota da campanha de Agnelo:

“Em desespero, nossos adversários plantam factóides na imprensa com o objetivo de confundir nossos eleitores sobre o compromisso que temos com a ética e o uso correto do dinheiro público. Às vésperas da eleição, reeditam a velha prática da acusação infundada, sem provas.

A revista Época trouxe em seu site uma reportagem baseada apenas em um vídeo que mostra um funcionário recebendo o que o jornalista afirma ser um “pacote de notas de cem reais” de um comerciante. Ambos não têm qualquer ligação com a campanha de reeleição.

O primeiro foi apenas um assessor no Ministério do Esporte e hoje ocupa um cargo por indicação partidária. De resto, a reportagem se baseia apenas em ilações desprovidas de evidências e ignora a informação mais importante: o funcionário que aparece nas imagens não está e nunca esteve autorizado a receber doações de campanha.

É mais um sinal claro de que nossos adversários voltaram ao jogo sujo de sempre porque sabem da nossa força e grandes chances de chegar ao segundo turno, consolidando um projeto de mudanças sociais profundas no Distrito Federal.”

Fonte: G1

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