Haddad vê tranquilidade no cumprimento das metas fiscais do governo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 29, que não enxerga razão para alarmes quanto ao alcance das metas fiscais estabelecidas pelo governo. Para Haddad, o foco deve ser o “resultado econômico” do esforço fiscal mais do que o simples cumprimento da meta.

Durante um evento do Itaú BBA em São Paulo, ele descartou qualquer intenção de alterar a meta do resultado primário para o próximo ano e garantiu que todos os setores da equipe econômica estão alinhados para atingir a meta de superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026.

Haddad ressaltou que o equilíbrio fiscal depende também do crescimento do PIB, lembrando que não acredita ser possível organizar as finanças públicas sem considerar o crescimento econômico, e que isso não significa compactuar com a inflação.

O ministro destacou ainda que aumentos recentes em despesas, como emendas parlamentares e precatórios, têm ganhado maior relevância no orçamento. As emendas parlamentares passaram de cerca de R$ 5 bilhões para R$ 53 bilhões. Haddad questionou a origem do financiamento dessas despesas.

Apesar desses desafios, Haddad defendeu que, nos últimos dez anos, a média do gasto público foi de 19,5% do PIB e atualmente está abaixo de 19%, mantendo investimentos essenciais como na educação sem cortes significativos.