Economia
Taxa de juros do crédito cresce e cheque especial diminui em agosto, diz BC

A taxa média de juros do crédito livre subiu de 45,6% em julho para 46,0% em agosto, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, 29. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior, quando a taxa estava em 39,7%, observa-se um aumento significativo.
Para pessoas físicas, o juro médio saltou de 57,9% para 58,4%, enquanto para empresas houve leve alta de 25,0% para 25,2% no mesmo período.
Cheque especial
A taxa do cheque especial, porém, apresentou queda, diminuindo de 138,2% para 137,9% em agosto.
Já o juros no crédito pessoal total teve um pequeno aumento, passando de 49,1% para 49,3%.
Crédito para veículos
O custo médio do crédito para compra de veículos manteve-se estável em 27,3%.
Operações de crédito e custos
Considerando tanto operações livres quanto direcionadas (essas últimas financiadas por recursos da poupança e do BNDES), a taxa média no crédito total subiu ligeiramente, de 31,6% para 31,8%, ainda acima dos 27,6% observados em agosto de 2024.
O Indicador de Custo de Crédito (ICC), que mede o volume total de juros pagos por consumidores e empresas, também cresceu levemente de 23,2% para 23,4%, refletindo a taxa efetiva média de juros nas operações em andamento.
Spread e inadimplência
O spread médio do crédito livre, diferença entre o custo dos recursos para bancos e o que é cobrado dos clientes, avançou de 31,8 para 32,3 pontos. No segmento pessoa física, essa diferença subiu de 43,9 para 44,5 pontos, e no empresarial foi de 11,6 a 11,8 pontos.
No crédito direcionado, o spread reduziu-se ligeiramente de 4,4 para 4,2 pontos, enquanto no total (crédito livre e direcionado) o spread oscilou de 20,4 para 20,7 pontos.
Quanto à inadimplência, a taxa nas operações de crédito livre aumentou de 5,2% para 5,4%, impulsionada pela alta de 6,5% para 6,8% no segmento de pessoa física, ao passo que a inadimplência nas empresas permaneceu estável em 3,3%. Já no crédito direcionado, a inadimplência subiu de 1,8% para 2,0%.
Quando se considera o crédito total, a inadimplência elevou-se de 3,8% para 3,9%.
Endividamento das famílias
O endividamento das famílias brasileiras em relação ao sistema financeiro apresentou leve redução, passando de 48,8% em junho para 48,6% em julho, conforme levantamento mensal do Banco Central referente a agosto.
Retirando as dívidas imobiliárias, esse índice caiu de 30,6% para 30,4% no mesmo período.
O comprometimento da renda das famílias com o sistema financeiro também diminuiu ligeiramente: de 28,0% para 27,9%. Excluindo empréstimos imobiliários, o percentual caiu de 25,9% para 25,8%.

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