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Trump confia em acordo para Gaza ao receber Netanyahu

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, declarou estar “muito confiante” sobre o sucesso de seu plano de paz para encerrar o conflito em Gaza, durante encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira (29), na Casa Branca.

Trump recebeu pessoalmente Netanyahu na entrada da Casa Branca para esta quarta visita do premiê israelense a Washington neste ano.

Essa reunião é fundamental para pôr fim a um conflito que já dura quase dois anos, causou mais de 66 mil mortes e devastou a Faixa de Gaza.

Ao saudar Netanyahu, Trump afirmou estar “muito confiante”, enquanto o primeiro-ministro israelense manteve uma postura cautelosa sobre o resultado das negociações.

Netanyahu destacou que ainda falta concluir “o trabalho” em Gaza, eliminando a ameaça do Hamas, e resgatar todos os reféns, mortos ou vivos.

Em uma publicação recente na sua plataforma Truth Social, Trump afirmou que há uma chance real de alcançar um grande resultado no Oriente Médio.

O plano apresentado pelo presidente americano inclui 21 pontos, entre eles um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns em até 48 horas e a retirada gradativa das tropas israelenses.

Por sua vez, Israel se comprometeria a libertar mais de mil prisioneiros palestinos, inclusive alguns sentenciados à prisão perpétua.

Apesar disso, Netanyahu mostrou pouco otimismo recentemente. Em discurso na Assembleia Geral da ONU, classificou a criação de um Estado palestino como um “suicídio nacional” para Israel e afirmou seu desejo de “concluir o trabalho” em Gaza rapidamente.

O chefe do governo israelense aparenta relutância em suspender a operação militar na Cidade de Gaza, de onde centenas de milhares de palestinos foram deslocados nas últimas semanas.

Trump tem sido um aliado firme de Netanyahu, mas recentemente demonstrou frustração diante de um conflito prolongado.

Na semana anterior, o presidente americano criticou o plano de anexação da Cisjordânia e o ataque israelense contra líderes do Hamas no Catar, país aliado dos EUA.

Os bombardeios em Gaza continuam nesta segunda-feira.

Os dois líderes planejam conceder uma coletiva conjunta às 13h15, horário da costa leste dos EUA (14h15 em Brasília).

Trump mostrou esperança na semana anterior após encontros com líderes árabes durante a Assembleia Geral da ONU.

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair foi citado como possível líder de uma autoridade transitória para Gaza, proposta pelos EUA para administrar a região com o apoio da ONU e países do Golfo, antes de transferir o controle para uma Autoridade Palestina reformada.

Netanyahu, entretanto, segue cético sobre a reforma da Autoridade Palestina, duvidando da possibilidade de mudança em suas diretrizes para aceitar um Estado judeu e promover a convivência pacífica.

Em Gaza, a população demonstra uma combinação de esperança, fadiga e desconfiança antes da reunião na Casa Branca.

Mohammed Abu Rabee, de 34 anos, afirmou não esperar nada de Trump, pois o vê como apoio a Netanyahu na destruição da Faixa de Gaza e no deslocamento de pessoas para viabilizar o projeto chamado “Riviera do Oriente Médio”.

Outros moradores expressam otimismo cauteloso. Hossam Abd Rab, 55 anos, deseja que o plano de paz tenha sucesso e que a guerra e os massacres cheguem ao fim, lembrando que Gaza está devastada e inabitável.

O conflito atual começou com um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 contra Israel, que resultou na morte de 1.219 pessoas, a maioria civis, conforme dados oficiais israelenses.

Em resposta, a ofensiva israelense causou mais de 66 mil mortos palestinos, também majoritariamente civis, segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza, consideradas confiáveis pela ONU.

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