Brasil cria 147,3 mil empregos formais, menor ritmo em cinco anos

Em agosto, o Brasil registrou a geração de 147.358 empregos formais, dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em julho, o saldo tinha sido de 134.251 vagas, porém agosto sinalizou uma diminuição em relação ao mês anterior.

Na última quinta-feira, antes da divulgação oficial, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, antecipou que o saldo seria positivo:

— O Caged de agosto está crescendo novamente, mas abaixo do ritmo anterior. No mês passado o crescimento já havia diminuído, e agora continua desacelerando — afirmou em entrevista ao programa Bom dia, Ministro.

Este é o menor resultado para um mês de agosto desde 2020, quando houveram 214.601 vagas abertas. No total dos últimos 12 meses, entre setembro de 2024 e agosto de 2025, foram gerados 1.438.243 empregos, uma queda em comparação ao período anterior (setembro de 2023 a agosto de 2024), que registrou 1.804.122 vagas. De janeiro a agosto, o saldo foi de 1.501.903 empregos.

Os números são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), um sistema federal que monitora as contratações e demissões formais e serve de indicador para o mercado de trabalho e formulação de políticas públicas.

Desempenho por setores

• Serviços: 81.002 vagas
• Comércio: 32.612 vagas
• Indústria: 19.098 vagas
• Construção: 17.328 vagas
• Agropecuária: 2.665 demissões

Quanto à distribuição por estados, 25 das 27 unidades federativas apresentaram saldos positivos. Os maiores foram observados em São Paulo (+45.045), Rio de Janeiro (+16.128) e Pernambuco (+12.692). Os menores saldos ocorreram no Rio Grande do Sul (-1.648), Roraima (-262) e Santa Catarina (+315).

Salário médio de admissão

O salário médio dos trabalhadores contratados formalmente em agosto foi de R$ 2.295,01, índice 0,56% superior ao de julho, que foi R$ 2.282,31. Em relação a agosto de 2024, houve um crescimento real de R$ 19,59, ou seja, 0,86%.