Centro-Oeste
Reclamações sobre iluminação pública pioram muito no Distrito Federal

Enquanto a iluminação pública no Distrito Federal apresenta muitas falhas em diferentes regiões administrativas, a Ouvidoria do GDF tem recebido uma quantidade elevada de reclamações. De janeiro a 29 de setembro deste ano, foram registradas 6.038 reclamações, um aumento de 81% comparado ao mesmo período do ano passado, quando o número foi 3.330.
Segundo o painel da Ouvidoria do GDF, em 2025, as áreas com o maior volume de queixas são: Plano Piloto (1.018); Guará (614); Ceilândia (595); Taguatinga (551); e Gama (396).
A senadora Leila Barros (PDT), comentando uma postagem sobre a matéria do Metrópoles que destaca os locais do DF afetados pela iluminação precária, expressou sua preocupação e garantiu que cobrará providências.
“É inaceitável que os moradores do Distrito Federal continuem enfrentando medo e insegurança devido à falta de iluminação pública. A segurança das pessoas deve ser prioridade! Continuaremos exigindo soluções urgentes e permanentes para este problema”, afirmou.
Moradores têm relatado situações específicas, como uma moradora de Águas Claras que disse que a Praça das Gaivotas, na quadra 301, está sem iluminação há cerca de uma semana, com 10 postes apagados. Outro residente do Sudoeste mencionou que vários postes estão apagados e que as lâmpadas de LED não têm durabilidade. Um cidadão da Asa Norte perto do Ceub relatou escuridão intensa, dificultando até a visão das paradas de ônibus.
No Cruzeiro Novo, um morador apontou postes apagados e estruturas que apresentam risco de queda nas proximidades da Escola Classe 06, e que as reclamações frequentes não obtêm solução. Outra pessoa indicou ter tentado contato com a Ouvidoria por dois meses, sem resultado prático.
Durante a noite, muitos pontos só são iluminados pelo farol dos veículos e pela luz da lua, como no acesso à EPGU vindo do Eixão Sul, e no Eixo W Norte, altura da Quadra 102. Em Ceilândia Norte, na QNM 8, postes frequentemente estão sem lâmpadas, criando áreas escuras.
A situação é semelhante na saída de Águas Claras em direção ao Areal, onde a falta de luz requer atenção redobrada dos motoristas. Na quadra 102 do Sudoeste, a escuridão preocupa pedestres. No Guará 2, na Avenida Contorno, perto do Polo de Modas, a ausência de iluminação à noite representa perigo para quem atravessa a rua.
O engenheiro eletricista e professor da Universidade Católica de Brasília (UCB), Mario Kenji, explica que as causas das falhas na iluminação podem envolver vandalismo, desgaste dos equipamentos e falta de manutenção ou atualização. Para saber se a negligência da companhia responsável, CEB Ipes, é predominante, seria importante identificar há quanto tempo os problemas permanecem sem solução, pois problemas antigos podem indicar falhas específicas como ausência de peças ou dificuldades logísticas.
A CEB IPes, consultada, informou que as principais causas das falhas são furtos frequentes de cabos e equipamentos, especialmente nas quadras 700 e 900 das Asa Sul e Asa Norte, áreas mais afetadas por essas ações criminosas. Esses furtos vêm afetando o funcionamento regular da iluminação pública.
Até julho deste ano, foram roubados 57 km de cabos no Distrito Federal, o que equivale a um prejuízo estimado em R$ 1,1 milhão. No ano anterior, nesse mesmo período, o total de cabos furtados foi de 39 km, com perdas em torno de R$ 772 mil.

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