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Primeira-dama da Espanha contesta acusação de peculato

Begoña Gómez, esposa do presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, apresentou um recurso nesta quarta-feira (1º) contra a decisão judicial que solicitou seu julgamento por um júri popular, acusando-a de peculato, conforme documento obtido pela AFP.
O recurso defende que não existem provas concretas de desvio de dinheiro público. Segundo o advogado de Begoña Gómez, ela é uma cidadã comum e não pode ser tratada como funcionária pública, portanto, não pode ser acusada do crime de peculato.
O juiz Juan Carlos Peinado alega que uma funcionária contratada pela Presidência trabalhou para Gómez em atividades particulares, o que poderia configurar irregularidade. Gómez declarou em audiência que pediu apenas esporadicamente à funcionária Cristina Álvarez que enviasse mensagens, negando que tenha sido ajudada em seus compromissos profissionais.
O recurso enfatiza que o fato de Gómez ter respondido somente perguntas de seu advogado não deve ser interpretado como indício de crime.
Em sua última intimação, Begoña Gómez não compareceu e exerceu seu direito de ser representada por advogado. Paralelamente, desde abril de 2024, o magistrado investiga se ela se beneficiou da posição do marido em negócios pessoais, o que poderia configurar corrupção e tráfico de influência.
Este processo criou um impasse entre o Ministério Público, que pediu o arquivamento, e o juiz, provocando desconforto em Pedro Sánchez, que enfrentou forte pressão sobre a possibilidade de renúncia, decisão que não concretizou.
Além de Begoña Gómez, outros membros próximos a Sánchez também estão sob investigação, incluindo seu irmão, que será julgado por tráfico de influência.
Pedro Sánchez declarou recentemente que a verdade prevalecerá e que tanto sua esposa quanto seu irmão são inocentes. Ele também criticou juízes por supostamente estarem agindo com motivações políticas.

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