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Netanyahu elogia ação da Marinha contra flotilha rumo a Gaza

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, manifestou nesta quinta-feira (2) seu reconhecimento às forças navais do país por barrar uma flotilha de ajuda que seguia para Gaza. As autoridades informaram que centenas de ativistas pró-palestinos, presentes nos barcos, serão deportados para a Europa.
A flotilha chamada Global Sumud, que traduzido do árabe significa “resiliência”, partiu de Barcelona no final de agosto com cerca de 45 embarcações e ativistas provenientes de mais de 45 nações.
A interceptação pela Marinha israelense ocorreu a partir de quarta-feira, após alertas para que as embarcações não adentrassem áreas marítimas sob bloqueio naval imposto a Gaza.
Netanyahu parabenizou os militares, destacando a eficiência da operação realizada no Yom Kippur. Ele afirmou que tal ação evitou a entrada de diversas embarcações em uma zona de conflito e defendeu a medida como resposta para conter uma campanha contra Israel.
Mais de 400 ativistas foram detidos e realocados para o porto israelense de Ashdod, no sul do país. Segundo as autoridades, a operação naval durou aproximadamente 12 horas, frustrando uma tentativa ampla de passar pelo bloqueio marítimo legal imposto à Faixa de Gaza.
Os organizadores da flotilha buscavam estabelecer um corredor humanitário para aliviar a situação crítica da população palestina, que enfrenta fome e devastação devido ao conflito vigente desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
O ministro das Relações Exteriores da Grécia, Giorgos Gerapetritis, ressaltou que todos os passageiros estão em boas condições e que não houve uso de violência durante a abordagem.
Ativistas gregos relataram que 11 deles iniciaram greve de fome em protesto à sua detenção, considerada ilegal pelas autoridades israelenses.
Entre os detidos, estão figuras conhecidas como a ativista sueca Greta Thunberg e a ex-prefeita de Barcelona, Ada Colau. A política israelense anunciou a deportação dos ativistas para países europeus, sem especificar os destinos.
O caso gerou repercussão internacional, especialmente nos países de origem dos envolvidos. A Turquia qualificou a ação como terrorismo e iniciou investigação pela prisão de 24 cidadãos turcos.
Governantes da Colômbia, México e Brasil manifestaram protestos e solicitaram a liberação ou repatriação dos seus cidadãos detidos. O governo brasileiro frisou que a responsabilidade pela segurança das pessoas detidas é de Israel.
Na Espanha, que contava com cerca de 65 participantes, a interceptação levou a ações diplomáticas e abertura de inquérito para apurar possíveis violações de direitos humanos.
O movimento Hamas condenou a ação, classificando-a de pirataria e terrorismo marítimo.
Antes da viagem, a flotilha fez uma parada de 10 dias na Tunísia, onde sofreu supostos ataques com drones e intimidações por parte das forças israelenses. Navios militares italianos e espanhóis estiveram envolvidos em escoltas, embora tenham respeitado a zona de exclusão imposta por Israel.
Esta não é a primeira vez que Israel impede flotilhas semelhantes, tendo bloqueado outras campanhas em junho e julho.

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