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Sarah Mullally: primeira mulher líder da Igreja Anglicana

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Sarah Mullally, bispa de Londres, foi oficialmente nomeada arcebispa de Canterbury nesta sexta-feira (3), marcando a primeira vez que uma mulher lidera a Igreja da Inglaterra e assume o papel de chefe espiritual dos anglicanos, conforme anunciado pelo governo britânico.

Com 63 anos, Sarah Mullally é enfermeira de formação e mãe de dois filhos. Ela substitui Justin Welby, que renunciou em novembro de 2024 diante de controvérsias relacionadas à sua administração em um escândalo de abusos físicos e sexuais.

Desde 2004, Mullally se dedica inteiramente ao sacerdócio, abandonando sua carreira na enfermagem. Agora, ela é a 106ª pessoa a ocupar o cargo de arcebispa de Canterbury.

Em comunicado, a nova arcebispa expressou a consciência da grande responsabilidade que seu cargo implica, afirmando sentir paz e confiança na orientação divina para cumprir suas atribuições.

O ex-arcebispo de Canterbury e líder mundial dos anglicanos, Justin Welby, anunciou sua saída em novembro, com desligamento efetivado em 6 de janeiro. Durante seu mandato, enfrentou pressão para renunciar devido a acusações de que a instituição teria ocultado agressões físicas e sexuais a menores cometidas por um advogado ligado à Igreja.

Justin Welby foi presença em eventos reais importantes, como o funeral da rainha Elizabeth II e a coroação do rei Charles III.

Entre os anos 1970 e meados de 2010, John Smyth, advogado que presidia uma instituição de caridade vinculada à Igreja Anglicana e organizava acampamentos, abusou sexualmente de aproximadamente 130 crianças e jovens, tanto no Reino Unido quanto em países africanos como Zimbábue e África do Sul, onde residiu até sua morte em 2018, aos 75 anos, sem ter sido julgado.

A Igreja foi oficialmente informada desses crimes em 2013, embora muitos membros já tivessem conhecimento desde os anos 1980, mantendo silêncio a respeito, como parte de um esforço sistemático de ocultação revelado por uma investigação interna.

O relatório da investigação destacou que o arcebispo de Canterbury da época teve a obrigação e a oportunidade de denunciar os abusos às autoridades policiais a partir de 2013, durante seu período como líder da Igreja da Inglaterra, mas não o fez.

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