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Dólar reage a falta de dados de emprego por causa do shutdown

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O relatório mensal de emprego dos Estados Unidos, que deveria ser divulgado nesta sexta-feira, não será publicado devido ao shutdown que afeta o governo americano. Esses números são muito observados por investidores e economistas, pois influenciam o desempenho do dólar e das bolsas de valores. Os dados são ainda mais importantes neste momento, quando o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, está considerando possíveis cortes nas taxas de juros devido à força do mercado de trabalho.

O Congresso e o então presidente Donald Trump não conseguiram um acordo para manter o funcionamento do governo federal antes do prazo final, o que resultou na paralisação das atividades de departamentos e agências federais, incluindo o Departamento do Trabalho, que é responsável pelas estatísticas de emprego.

Essa paralisação pode atrasar a divulgação de outros dados importantes, incluindo índices de inflação previstos para sair em meados de outubro. Relatórios de outras instituições pertencentes ao Departamento de Comércio, como o Census Bureau e o Bureau of Economic Analysis, também correm o risco de serem afetados.

Sem informações confiáveis, aumenta a chance de decisões erradas por parte do Fed sobre as taxas de juros, o que pode piorar tanto o desemprego quanto a inflação.

Gregory Daco, economista-chefe da consultoria EY-Parthenon, comentou ao New York Times que voar no escuro em meio a tanta incerteza é arriscado.

Enquanto o shutdown continuar, investidores têm se baseado nos dados de fontes privadas. Esta semana, destaque para os dados da ADP Research sobre o emprego no setor privado.

No entanto, economistas costumam ser céticos em relação aos números da ADP, pois nem sempre coincidem com os dados oficiais do governo. Além disso, o último relatório foi ainda mais complexo de interpretar devido a ajustes estatísticos que alteraram os resultados.

A ADP relatou que as folhas de pagamento nas empresas americanas diminuíram em 32.000 vagas em setembro, após uma revisão para baixo de 3.000 no mês anterior. Embora isso possa indicar uma fragilidade maior no mercado de trabalho, a própria ADP afirmou que esses dados não mudam a tendência geral de contratação, que segue mostrando uma desaceleração na criação de empregos na maioria dos setores.

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