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Em audiência, rodoviários e empresa de ônibus definem rumos da paralisação
O dia a dia de cerca de 100 mil usuários que dependem da empresa São José para se locomover deve ser decidido nesta quinta-feira (9/10). A audiência de conciliação em dissídio coletivo ocorre, às 14h30, no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. Na reunião, trabalhadores e companhia buscarão consenso em relação aos descontos, no salário, de encargos sociais retroativos e o pagamento apenas parcial de horas extras, temas que levaram ao quarto dia de paralisação das atividades. Ontem, dois ônibus foram queimados na garagem da São José, na Quadra 115, no Recanto das Emas. Além disso, o DFTrans entrou com medida cautelar no TRT contra a paralisação dos rodoviários.
Assinado pelo diretor-geral do DFTrans, Jair Tedeschi, o documento pede “o retorno imediato de 90% da operação no horário de pico” e de 50% nos intermediários, com multa caso a ordem seja ignorada. Também por nota, o tribunal determinou que metade dos coletivos voltassem a circular a partir das 5h da manhã de hoje, o que não ocorreu. Nas cidades que dependem do transporte a situação é a mesma: paradas lotadas e muito transtorno para chegar ao trabalho. O sindicato terá que pagar multa de R$ 50 mil, diária, por desobediência.
Para a empresa, o prejuízo aumentou ontem depois da destruição dois veículos da frota nova. As chamas começaram por volta das 5h45. Às 6h30, já haviam sido controladas por equipes do Corpo de Bombeiros. Calcula-se que o prejuízo pela perda seja de, no mínimo, R$ 600 mil. O advogado da São José, Carlos Leão, classificou o ato como criminoso. “Os ônibus eram novos, não pega fogo sozinhos. Foi um ato deliberado e programado. Vamos apurar e tomar as medidas cabíveis”, disse. A polícia ainda não liberou o resultado da perícia.
Pelo menos 100 mil usuários do transporte público nas regiões de Ceilândia, Brazlândia, Taguatinga e Vicente Pires foram atingidos pelo impasse trabalhista. A operadora de caixa Jaqueline Ferreira Prado, 27 anos, precisa desembolsar R$ 4 diariamente. Ela mora no Recanto das Emas e trabalha em Ceilândia. Sem os ônibus, agora acorda uma hora mais cedo, pega um micro-ônibus até o metrô de Samambaia e segue para Ceilândia. O novo trajeto custa R$ 8. A empresa paga apenas R$ 4 por dia, então, o restante é por conta dela. “Isso vai fazer diferença no fim do mês.”
Fonte: Correio Web
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