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Irã afirma que cooperação com agência nuclear da ONU não faz mais sentido após sanções

Abbas Araghchi, chanceler do Irã, declarou neste domingo (5) que a colaboração com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não é mais relevante após a reimposição das sanções da ONU relacionadas ao programa nuclear iraniano.
Segundo o ministro, “é necessário tomar novas decisões e, na minha visão, o acordo do Cairo não é mais pertinente na atual conjuntura”. Ele se referia ao pacto firmado em setembro entre o Irã e o organismo da ONU.
O Irã interrompeu a cooperação com a agência nuclear da ONU após ataques israelenses e americanos em suas instalações nucleares em junho, mas aceitou em setembro estabelecer uma nova estrutura de relacionamento com a AIEA.
Abbas Araghchi indicou que “o acordo do Cairo não pode mais ser a base para a nossa cooperação” e mencionou que uma decisão sobre o futuro do relacionamento entre o Irã e a agência será divulgada em breve.
Em 28 de setembro, por iniciativa da França, Reino Unido e Alemanha, a ONU restaurou as sanções contra o Irã, que tinham sido suspensas após um acordo internacional de 2015 que limitava o programa nuclear do país a fins civis.
O Irã insiste que suas atividades nucleares são pacíficas e alertou que a retomada das sanções levaria à suspensão da cooperação com a AIEA. Ainda não está definido se o país pretende romper completamente com a agência.
Essas sanções representam um duro impacto para a economia do Irã, congelando bens e operações bancárias, além de provocarem a desvalorização do rial, moeda local, desde a sua implementação.

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