IPCA 2025 tem leve queda e permanece acima do limite da meta

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 registrou uma pequena redução, passando de 4,81% para 4,80%. Esse valor continua 0,30 ponto porcentual acima do limite máximo da meta, que é 4,50%. Levando em conta apenas as 45 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana se manteve em 4,80%.

Para o IPCA de 2026, a projeção permaneceu em 4,28%. Considerando somente as 45 estimativas mais recentes, a mediana subiu de 4,26% para 4,30%.

O Banco Central prevê que o IPCA feche 2025 em 4,8% e 2026 em 3,6%, segundo o último relatório divulgado pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Na perspectiva para o primeiro trimestre de 2027, a inflação acumulada em 12 meses é estimada em 3,4%.

Na decisão mais recente, o Copom manteve a taxa Selic em 15%, ressaltando que o ambiente de grande incerteza exige prudência na política monetária. “O Comitê continuará atento, observando se a manutenção da taxa de juros no nível atual por um período prolongado será suficiente para garantir a convergência da inflação à meta”, destacou o órgão.

O Copom explicou também que, conforme o cenário se desenvolve conforme esperado, o Comitê inicia uma nova fase em que opta por manter a taxa estável e avaliar se essa estratégia garantirá a convergência da inflação para o alvo definido.

A meta de inflação, a partir deste ano, será contínua, baseada no IPCA acumulado nos últimos 12 meses, com centro em 3% e margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Se a inflação ficar fora dessa faixa por seis meses consecutivos, o Banco Central será considerado como tendo perdido o objetivo. Isso ocorreu após a divulgação do IPCA de junho, em 10 de julho. A autoridade monetária também divulgou uma carta aberta sinalizando que espera que a taxa caia para abaixo de 4,50% até o final do primeiro trimestre de 2026.

A mediana do Focus para a inflação de 2027 se manteve em 3,90%, enquanto a previsão para 2028 seguiu em 3,70%.