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Primeiro integrante liberado da Flotilha Global Sumud relata agressões

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O primeiro membro da delegação brasileira da Flotilha Global Sumud – iniciativa de auxílio humanitário à Faixa de Gaza – a ser liberado, Nicolas Calabrese, denunciou atos de violência durante sua captura por soldados israelenses.

A ativista ambiental mais afetada foi Greta Thunberg. “Fomos submetidos a humilhações, agressões físicas e golpes, especialmente a companheira Greta”, afirmou Nicolas.

Nicolas Calabrese, que possui dupla cidadania – argentina e italiana -, reside no Brasil há mais de dez anos, vivendo no Rio de Janeiro, onde atua como professor de Educação Física, educador popular e coordenador da Rede Emancipa de cursos populares.

Após ser deportado em 4 de outubro junto com outros ativistas italianos para a Turquia, ele seguiu da Turquia para a Itália e, depois, partiu para Portugal. Está previsto seu retorno ao Brasil ainda nesta segunda-feira (6), com chegada ao Aeroporto Galeão prevista para as 19h.

Calabrese fez parte dos primeiros grupos deportados pelas autoridades israelenses, com cerca de 170 integrantes enviados inicialmente para a Turquia e outros países.

Deportações

Um comunicado do Ministério das Relações Internacionais de Israel informou que mais 171 integrantes da chamada frota Hamas-Sumud, entre eles Greta Thunberg, foram deportados nesta mesma data para a Grécia e a Eslováquia.

Segundo o informe – que apresenta imagens dos ativistas vestidos com roupas brancas e agasalhos cinza – não há brasileiros neste grupo.

“Os deportados são cidadãos de diversos países, incluindo Grécia, Itália, França, Irlanda, Suécia, Polônia, Alemanha, Bulgária, Lituânia, Áustria, Luxemburgo, Finlândia, Dinamarca, Eslováquia, Suíça, Noruega, Reino Unido, Sérvia e Estados Unidos,” assegura o comunicado.

O documento nega que tenham ocorrido atos violentos e enfatiza que todos os direitos legais dos participantes foram e continuam sendo plenamente respeitados.

“O único incidente violento foi causado por um provocador do Hamas-Sumud que mordeu uma funcionária médica da prisão de Ketsiyot,” afirma o comunicado.

Greve de fome e sede

O Centro Jurídico para os Direitos das Minorias Árabes em Israel (Adalah) informou que foi notificado pelo Serviço Prisional de Israel (IPS) sobre a nova deportação, mas detalhes como nomes e nacionalidades não foram divulgados.

Não há informações específicas sobre os outros 13 integrantes da delegação brasileira ainda detidos pelas autoridades israelenses.

Entre eles estão Thiago Ávila, Bruno Gilga, Lisiane Proença, Magno Costa, a vereadora Mariana Conti, Ariadne Telles, Mansur Peixoto, Gabriele Tolotti, Mohamad El Kadri, Lucas Gusmão, a deputada federal Luizianne Lins, João Aguiar e Miguel Castro.

Os organizadores da Flotilha Global Sumud tentam obter informações para identificar os participantes deportados e as datas dos voos, mas até o momento nenhuma informação oficial foi confirmada pela Embaixada do Brasil em Israel.

Thiago Ávila, João Aguiar, Bruno Gilga e Ariadne Telles continuam em greve de fome, protestando contra a falta de alimentos à população da Faixa de Gaza.

No último domingo (5), Thiago Ávila também anunciou o início de uma greve de sede até que medicamentos essenciais sejam fornecidos a integrantes da Flotilha privados de tratamentos para pressão alta e doenças cardíacas.

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