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Trump quer usar lei para mobilizar Exército nos EUA

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Donald Trump ameaçou nesta segunda-feira (6) recorrer a seus poderes presidenciais de emergência para enviar mais tropas a cidades americanas governadas por democratas, após uma derrota judicial inicial contra o envio de militares.

O líder republicano mencionou a possibilidade de usar a Lei de Insurreição depois que uma juíza federal no Oregon suspendeu temporariamente o envio da Guarda Nacional a Portland, enquanto outra juíza em Illinois marcou uma audiência para quinta-feira para analisar a questão em Chicago.

Essas cidades receberam um aumento de agentes federais como parte da ampla campanha de deportação promovida por Trump, o que provocou protestos diante das instalações de imigração.

“Existe a Lei de Insurreição por um motivo. Se fosse necessário, eu a invocaria”, disse Trump a jornalistas no Salão Oval. “Se pessoas estivessem sendo assassinadas e os tribunais, governadores ou prefeitos impedissem nossa ação, certamente eu agiria”, acrescentou.

Autoridades de Illinois apresentaram uma ação para impedir a mobilização da Guarda Nacional em Chicago, mas a juíza April Perry, indicada pelo presidente Joe Biden, ainda não tomou decisão provisória enquanto avalia o caso, solicitando mais informações ao governador do estado, o democrata J.B. Pritzker.

O debate se intensificou após notícias de que o Texas, liderado por republicanos, planejava enviar 200 soldados da Guarda Nacional para Illinois, o que irritou o governador Pritzker, que afirmou que esses militares não são bem-vindos em seu estado.

Pritzker também acusou agentes federais de imigração de usar força excessiva e deter ilegalmente cidadãos americanos durante operações em Chicago.

Alerta sobre aumento da violência

Os comentários de Trump sobre a Lei de Insurreição surgiram logo após Pritzker alertar que o presidente estaria intencionalmente aumentando a violência como justificativa para acionar seus poderes de emergência.

“A administração Trump está seguindo um roteiro: provocar o caos, espalhar medo, retratar manifestantes pacíficos como violentos, e usar balas de borracha e gás lacrimogêneo contra eles”, criticou o governador.

No fim de semana, o presidente autorizou o envio de 700 soldados da Guarda Nacional para Chicago.

O procurador-geral de Illinois, Kwame Raoul, e advogados da cidade acusaram Trump de usar as tropas para atacar seus adversários políticos.

Por outro lado, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, defendeu o envio de tropas a Chicago, classificando a cidade como uma “zona de guerra”.

Trump já havia descrito Portland, no Oregon, como devastada pela violência.

No entanto, uma juíza emitiu uma ordem temporária para suspender o envio de tropas a Oregon, ressaltando que o país é regido por leis constitucionais, não por lei marcial. A Casa Branca anunciou planos de recorrer da decisão.

Uma pesquisa da CBS indica que 58% dos americanos desaprovam a mobilização da Guarda Nacional.

Além de Illinois e Oregon, outros estados também recorreram à justiça para contestar o envio de tropas. A Califórnia apresentou um processo após o envio de militares a Los Angeles para conter protestos contra ações de repressão a imigrantes em situação irregular, caso que ainda está em tramitação.

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