Homem é condenado a 44 anos por matar ex-companheira a tiros no DF

O Tribunal do Júri condenou Wesly Denny da Silva Melo por assassinar a tiros sua ex-companheira, Tainara Kellen, nas proximidades do salão de beleza onde ela trabalhava no Gama. Sua pena foi estabelecida em 44 anos, 5 meses e 12 dias de prisão em regime fechado.

Os jurados aceitaram todas as qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público: motivo torpe; crime resultante em perigo comum; utilização de recurso dificultando a defesa da vítima; o ato criminoso foi testemunhado pela filha da vítima, com apenas 6 anos; e o crime foi cometido contra mulher em contexto de violência doméstica por questões relacionadas ao gênero.

O promotor Daniel Bernoulli destacou que Tainara buscava recomeçar a vida e criar sua filha longe do agressor, porém teve sua vida brutalmente interrompida.

“Ela queria seguir adiante para criar sua filha com dignidade. Essa decisão custou-lhe a vida e sonhos, arrancados de seus entes queridos de forma cruel e covarde. A condenação é justa e necessária. A comunidade do Gama reforça sua postura severa contra quem desrespeita as mulheres da cidade”, afirmou o promotor.

Recordando o crime

O assassinato ocorreu em 10 de janeiro de 2024, no período da tarde, na Quadra 29, Setor Leste do Gama. Tainara estava no salão onde trabalhava quando Wesly, fingindo ser uma cliente, enviou mensagens para atraí-la, solicitando atendimento.

Ele continuou a fingir dificuldade para localizar o salão, levando a vítima a sair para encontrá-lo. Neste momento, Wesly a surpreendeu e disparou vários tiros antes de fugir. Ele foi preso no dia seguinte em Santa Maria.

Testemunhas informaram que Wesly era colecionador e atirador. Durante sua fuga, a polícia encontrou armas ilegais e documentos relacionados, incluindo um fuzil.

Em fevereiro de 2024, a Promotoria do Tribunal do Júri do Gama com apoio da Polícia Civil realizou operação para cumprir mandados de busca em cinco endereços no Gama e Santa Maria, com o objetivo de apreender mais armas vinculadas ao condenado.