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Argentina decide veredito para acusados de tentativa contra Cristina Kirchner

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A Justiça argentina decidirá nesta quarta-feira (8) o veredito sobre os dois acusados de tentar assassinar a tiros a ex-presidente Cristina Kirchner em 1º de setembro de 2022, um episódio que impactou profundamente o país sul-americano.

O principal acusado é um homem que se misturou entre os muitos apoiadores que cumprimentavam a então vice-presidente (2019-2023) em frente à sua residência e disparou duas vezes contra sua cabeça, porém as balas não atingiram seu alvo.

Fernando Sabag Montiel, de 38 anos, e sua então namorada, Brenda Uliarte, são acusados de tentativa de homicídio triplamente qualificado por traição, violência de gênero e uso de armas, crimes que podem resultar em até 25 anos de prisão.

No decorrer do julgamento, Sabag Montiel confessou que tentou matar Kirchner como um “ato de justiça”.

A defesa de Uliarte, coautora e com 23 anos na época do ocorrido, alegou incapacidade mental.

Esse atentado reavivou a lembrança preocupante de que a violência pode ser utilizada para resolver conflitos políticos, segundo análise do consultor Facundo Cruz.

O ataque a Kirchner mobilizou centenas de milhares de pessoas que saíram às ruas para demonstrar apoio à ex-presidente de centro-esquerda (2007-2015), uma das líderes da oposição peronista.

“Preso ou morto”

O atentado ocorreu durante a abertura do julgamento por corrupção contra Kirchner, que foi condenada em dezembro de 2022 e está sob prisão domiciliar desde junho de 2025.

Na ocasião, centenas de pessoas se reuniram do lado de fora da casa da ex-presidente para manifestar solidariedade, o que serviu de distração para Sabag Montiel tentar assassiná-la.

A Promotoria retirou a acusação contra um terceiro réu, Nicolás Carrizo, inicialmente apontado como “planejador”, ao concluir que ele não tinha conhecimento do plano para atacar Kirchner. Carrizo era superior de Sabag Montiel e Uliarte, que contratou como vendedores ambulantes de algodão-doce.

Durante o julgamento, os advogados de Kirchner pediram a investigação sobre possíveis mandantes e financiadores do atentado, pedido que foi rejeitado.

Cruz observa que Kirchner mantém o tema em evidência para recordar os acontecimentos e exigir justiça, o que faz parte de sua força política: ter sobrevivido ao atentado.

Após a condenação, a ex-presidente denunciou perseguição política e afirmou que deseja apenas estar livre, dizendo que sentiu como se quisessem vê-la presa ou morta.

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