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Economia

Governo pode barrar até R$ 10 bilhões em emendas se MP do IOF não passar

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O governo do presidente Lula poderá aumentar o bloqueio de emendas parlamentares em um intervalo de R$ 7 bilhões a R$ 10 bilhões, caso o Congresso não aprove a Medida Provisória (MP) que serve como alternativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), conforme declarou o líder da base governista no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).

Segundo o senador, essa majoração do bloqueio ocorrerá caso a MP não seja aprovada, o que afetaria diretamente a capacidade do governo de equilibrar as contas públicas neste ano.

“O conjunto de medidas inclui recursos destinados ao Congresso, portanto é necessário também realizar bloqueios nestes valores. Estimo que, sem a aprovação da MP, o contingenciamento possa aumentar entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões apenas nas emendas”, afirmou o líder do governo no Parlamento durante entrevista no Planalto.

Randolfe esteve em uma reunião com o presidente Lula no Planalto, junto a líderes de governo e ministros, para debater a resposta diante das dificuldades na aprovação da MP que substitui o aumento do IOF.

O senador explicou que, caso a MP não seja validada, a solução imediata seria aumentar o bloqueio dos recursos na próxima reunião bimestral. Ele apontou que a resistência à MP é liderada pela oposição e pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que, por sua vez, nega qualquer envolvimento político no movimento.

Embora a MP preveja a geração dessa receita para o governo, um eventual bloqueio poderia alcançar cerca de R$ 10 bilhões, sendo que só uma parte desse montante incidiria sobre as emendas parlamentares.

Os indicativos da votação na comissão especial mostram um cenário apertado: 13 votos a favor e 12 contra a medida, evidenciando o desafio para sua aprovação, considerada essencial para fechar as contas públicas de 2026.

O relator da MP, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), informou que serão realizadas diversas reuniões ao longo do dia, inclusive com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir o tema e buscar apoio. Motta indicou que a MP não perderá a sua validade.

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