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Economia

Lula escolhe São Paulo para lançar crédito imobiliário focado na classe média

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará em São Paulo nesta sexta-feira (10) para apresentar um novo modelo de crédito imobiliário financiado pela poupança.

Esse programa pode colocar pelo menos R$ 20 bilhões na economia por meio de crédito, em um momento próximo às eleições.

Lula optou por fazer o anúncio no estado governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que é visto pelo governo federal como um possível concorrente significativo nas eleições presidenciais de 2026.

Recentemente, o governo federal e Tarcísio tiveram um confronto devido à rejeição na Câmara de uma Medida Provisória que substituiria o IOF. Ministros como Fernando Haddad (Fazenda) acusaram o governador de haver influenciado essa derrota, alegação que ele negou.

O novo programa aumentará o limite máximo para financiamento de imóveis pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), fixando uma taxa de juros máxima de 12% ao ano.

O teto, atualmente em R$ 1,5 milhão, poderá ser elevado para até R$ 2,25 milhões. Essa atualização era uma reivindicação do setor da construção civil, pois o valor não era reajustado desde 2018.

Essa iniciativa vai ajudar principalmente famílias com renda superior a R$ 12 mil que hoje não têm acesso aos benefícios do programa Minha Casa, Minha Vida.

O Banco Central, em cooperação com o Ministério das Cidades, o Ministério da Fazenda e a Caixa Econômica Federal, foi responsável pelo desenvolvimento do modelo.

A estratégia do Banco Central é modificar o direcionamento dos recursos da poupança para o crédito imobiliário. Os bancos vinham solicitando redução do compulsório desde o ano passado, embora o Banco Central tenha resistido até então. A taxa Selic está em 15% ao ano, e a sua alta tem sido criticada por ministros do governo Lula.

O mecanismo permitirá que, para cada real financiado em habitação, o banco tenha acesso liberado ao mesmo valor da poupança para outras operações por cinco anos.

Após esse período, será preciso conceder um novo crédito para renovar essa liberação.

Especialistas acreditam que essa alteração encorajará os bancos a oferecer mais financiamentos imobiliários a juros mais baixos, pois os ganhos em operações mais lucrativas poderão subsidiar a redução das taxas de juros imobiliários.

O novo modelo deve ser implementado imediatamente após aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN) e uma resolução do Banco Central. Conforme informações obtidas, uma reunião extraordinária do CMN está prevista para esta semana, e o Banco Central trabalha nas normas para antecipar os efeitos da mudança já neste ano.

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