Alemanha, Reino Unido e França querem retomar negociações nucleares com Irã

Alemanha, Reino Unido e França anunciaram nesta sexta-feira, dia 10, que estão determinados a reiniciar as conversas com o Irã sobre seu programa nuclear.

Os três países afirmaram que foi apropriado ativar o mecanismo para restaurar as sanções da ONU contra o Irã em setembro, devido à ameaça que consideram séria à segurança e à paz global representada pelo programa nuclear iraniano.

Essas sanções, que incluem desde um embargo de armas até restrições econômicas, foram retomadas no dia 28 de setembro, depois de uma década suspendidas, devido ao fracasso nas negociações entre os países ocidentais e o Irã.

Em comunicado conjunto, os países europeus destacaram a intenção de retomar as negociações com o Irã e os Estados Unidos, visando um acordo abrangente, durável e passível de verificação para garantir que o Irã não desenvolva armas nucleares.

Apesar do desejo de buscar uma solução diplomática, o Irã indicou que não pretende voltar às negociações neste momento.

O comunicado também apelou para que todos os membros da ONU respeitem as sanções aplicadas por meio do mecanismo de restauração.

O ocidente e Israel desconfiam que o Irã tenha planos de obter armas nucleares, o que o país nega, argumentando que seu programa nuclear é para fins civis.

Em 2015, após anos de negociações, França, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, Rússia e China firmaram um acordo com o Irã para supervisionar suas atividades nucleares em troca do fim das sanções.

No entanto, os Estados Unidos retiraram-se unilateralmente do acordo em 2018, restabelecendo sanções. Consequentemente, o Irã começou a reduzir seus compromissos, particularmente em relação ao enriquecimento de urânio, levando os três países europeus a reativar o mecanismo para restabelecer as sanções.