Mundo
Palestinos retornam a áreas devastadas e Israel se prepara para soltar reféns

O cessar-fogo em Gaza entrou no segundo dia neste sábado (11), permitindo que milhares de palestinos retornassem a áreas severamente destruídas, enquanto Israel se prepara para liberar 48 reféns na próxima segunda-feira (13).
Mais de 200 militares dos Estados Unidos chegaram a Israel para supervisionar o acordo com o Hamas. Eles vão montar um centro para coordenar a chegada de ajuda humanitária e realizar ações logísticas e de segurança. Brad Cooper, almirante e chefe do Comando Central dos EUA, afirmou que esse esforço acontecerá sem presença de tropas americanas em território de Gaza.
O representante americano Steve Witkoff e Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump, falaram em uma manifestação realizada em Tel Aviv. Witkoff declarou à multidão: ‘Aos reféns, nossos irmãos e irmãs, vocês estão retornando para casa’. Kushner mencionou que a libertação está prevista para segunda-feira e que o governo acredita que cerca de 20 reféns ainda estejam vivos.
O acordo de cessar-fogo estipula que o Hamas deve informar, em até 72 horas, sobre os corpos de reféns que não foram liberados. Israel, por sua vez, fornecerá informações sobre restos mortais de palestinos sob sua custódia. A troca dessas informações será feita por intermediários e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, sem cerimônias públicas ou cobertura da imprensa.
Israel deverá libertar aproximadamente 250 prisioneiros palestinos, assim como 1,7 mil pessoas detidas em Gaza nos últimos dois anos sem acusação formal. Segundo o Serviço Penitenciário, os prisioneiros foram transferidos para instalações nas prisões de Ofer e Ktzi’ot, onde aguardam decisões governamentais.
Organizações humanitárias solicitam que Israel reabra mais passagens para a entrada de alimentos e suprimentos. Uma autoridade da ONU informou que Israel autorizou o aumento das entregas a partir do domingo (12).
O Programa Mundial de Alimentos comunicou estar preparado para retomar 145 pontos de distribuição, com cerca de 170 mil toneladas de alimentos atualmente em países vizinhos aguardando liberação.
Persistem incertezas sobre quem irá administrar Gaza após a retirada das tropas israelenses e se o Hamas cumprirá a exigência de desarmamento.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel poderá reiniciar a ofensiva caso o grupo não respeite o acordo firmado.
Um funcionário do hospital Shifa, em Gaza, informou que 45 corpos foram retirados dos escombros nas últimas 24 horas, sendo que as vítimas estavam desaparecidas há dias ou semanas.
O plano apresentado por Donald Trump prevê que Israel mantenha presença militar indefinida em parte da fronteira de Gaza, enquanto uma força internacional composta por tropas de países árabes e muçulmanos ficaria responsável pela segurança interna. O presidente do Egito, Abdel-Fattah el-Sissi, defendeu que a missão seja autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU.
O Exército israelense informou que continuará atuando em cerca de 50% do território de Gaza que ainda controla, de forma defensiva, após recuar para as linhas acordadas.
O conflito começou em 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas invadiram Israel, causando a morte de aproximadamente 1,2 mil pessoas e capturando 250 reféns.
Na ofensiva israelense, mais de 67 mil palestinos morreram em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, que afirma que metade das vítimas eram mulheres e crianças. A ONU considera esses dados as estimativas mais confiáveis. O conflito gerou novos confrontos na região, protestos em vários países e acusações de genocídio, negadas por Israel.
Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login