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Israel libera presos palestinos após acordo de cessar fogo

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Israel iniciou nesta segunda-feira (13) a libertação de quase dois mil palestinos encarcerados, conforme o acordo de cessar-fogo firmado com o movimento Hamas. Conforme o pacto, Israel deveria soltar 250 palestinos condenados por assassinatos e outros crimes graves, além de 1.700 detidos na Faixa de Gaza desde o início do conflito. Também estava prevista a libertação de 22 menores palestinos, junto com os corpos de 360 combatentes.

A chegada dos libertados foi marcada por ônibus que os transportaram para a Cisjordânia e Gaza após o Hamas ter liberado os últimos 20 reféns vivos capturados durante os ataques de 7 de outubro de 2023. Durante o desembarque, muitos prisioneiros exibiam o sinal de vitória (V) nas janelas e foram encaminhados para exames médicos.

Hamas emitiu uma nota afirmando que se empenhou para proteger a vida dos prisioneiros sob ocupação, ressaltando que os palestinos enfrentaram diversas violações, como abusos, tortura e assassinatos. A organização reafirmou seu compromisso com o cumprimento do acordo mediado pelos Estados Unidos e países árabes.

“A libertação de nossos prisioneiros, inclusive aqueles com penas perpétuas e longas, é resultado da coragem e da resistência firme do povo de Gaza”, declarou o Hamas na nota. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu exército não conseguiram libertar seus soldados por meio da força e precisaram aceitar os termos da resistência para que o retorno dos capturados fosse possível, segundo a mesma nota.

Em meio a emoções diversas, milhares aguardavam no Hospital Nasser, no sul de Gaza, a chegada dos liberados. Uma mulher, identificada como Um Ahmed, expressou sentimentos mistos: feliz pela libertação dos filhos, mas ainda profundamente afetada pelas perdas causadas pela ocupação e a destruição na região.

Tala Al-Barghouti, filha de Abdallah Al-Barghouti, militante do Hamas condenado a 67 penas perpétuas, indicou que o acordo trouxe dor e questionamentos sem fim, visto que seu pai ainda não foi libertado. Ele foi condenado por envolvimento em ataques suicidas que mataram dezenas de israelenses. Para Tala, o acordo sacrificou aqueles que tiveram papel essencial na resistência e encerrou esperanças de libertação para muitos.

Informações baseadas em agência Reuters.

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