Economia
Haddad prevê cortes em emendas que podem passar de R$ 7 bilhões após rejeição da MP do IOF

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, declarou nesta terça-feira que ainda não há definição sobre o valor exato dos cortes que serão feitos no Orçamento após a rejeição da Medida Provisória que propunha um aumento de impostos como alternativa ao IOF, mas destacou que as emendas parlamentares serão afetadas.
A queda da MP força o governo a cobrir um déficit fiscal estimado em R$ 46 bilhões nos próximos dois anos devido à queda na arrecadação e à ausência de cortes previstos.
— A magnitude dos cortes depende do cenário adotado. Em algumas situações o orçamento pode ser preservado, mas em outras os cortes podem até ultrapassar o valor estimado de cerca de R$ 7,1 bilhões em emendas — afirmou o ministro ao ser questionado sobre o possível montante dos cortes decorrentes da não aprovação da MP.
Essa medida fazia parte de um conjunto de ações fiscais preparadas pela Fazenda para recompor receitas e assegurar o cumprimento das novas regras fiscais.
Na semana anterior, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, havia estimado que as emendas poderiam sofrer uma redução entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões ainda neste ano em função da queda da MP, enquanto o Orçamento previsto para este ano é de R$ 52,9 bilhões.
Dentre as opções para compensar parte das perdas, estão a restrição ao uso de créditos tributários, o aumento da tributação sobre sites de apostas e possíveis alterações no IOF por meio de decreto.
Fernando Haddad reforçou que o governo seguirá buscando o equilíbrio fiscal e social enquanto avalia quais medidas serão priorizadas nas próximas semanas para compensar a diminuição da arrecadação e garantir a viabilidade do Orçamento de 2026.

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