Economia
Dólar sobe com cautela por EUA e China e serviços firmes

O dólar está em alta no mercado à vista nesta manhã de terça-feira, 14, depois de ter caído no dia anterior, influenciando positivamente a curva de juros futuros, ainda que a queda dos rendimentos dos Treasuries após o feriado nos Estados Unidos limite esse avanço.
Há um clima de cautela devido à incerteza nas negociações comerciais e tarifárias entre os Estados Unidos e a China, especialmente após a recente decisão de Pequim de ampliar o controle sobre minerais estratégicos. Embora o presidente Donald Trump tenha demonstrado maior disposição para diálogo, o mercado ainda espera por sinais claros sobre os próximos passos no curto prazo.
No Brasil, indicadores de atividade econômica, como o volume de serviços prestados em agosto, mostram robustez e indicam que a taxa Selic deve permanecer em 15% por um período prolongado, aumentando a atratividade do carry trade no país. No entanto, questões fiscais internas têm restringido o interesse do capital estrangeiro.
O volume de serviços cresceu 0,1% em agosto em comparação com julho, teve alta de 2,5% frente a agosto de 2024, acumulando ganhos de 2,6% no ano e 3,1% em um período de 12 meses. Esse resultado superou a expectativa do mercado, que previa estabilidade, com variações previstas entre queda de 0,6% e alta de 0,3%.
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, anunciou que o conselho nacional de política mineral será lançado ainda esta semana. Além disso, o leilão de reserva de capacidade está previsto para ocorrer em março de 2026, em duas etapas, contemplando usinas termoelétricas a gás, carvão, óleo e hidrelétricas, mas excluindo biocombustíveis.
A Embraer comunicou que a TrueNoord fechou um pedido de compra firme para 20 jatos modelo E195-E2, com valor estimado em US$ 1,8 bilhão, e opções para adquirir até 30 aeronaves adicionais, entre E195-E2 e E175-E1.
Empresas chinesas que produzem ímãs de terras raras estão enfrentando fiscalização mais rigorosa nas licenças de exportação desde setembro, aumentando dúvidas sobre uma possível redução nos embarques, mesmo após o compromisso de acelerar as exportações firmado com os EUA em maio.
A fabricante francesa de pneus Michelin reduziu sua previsão anual devido às tarifas impostas pelos EUA e a queda de quase 10% nas vendas na América do Norte. A expectativa é que o lucro operacional fique entre 2,6 e 3 bilhões de euros, e o fluxo de caixa livre entre 1,5 e 1,8 bilhão de euros.

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