Economia
Relator da fusão Petz e Cobasi informa que Cade ainda não definiu consenso sobre operação

O relator do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) responsável pela análise da união entre Petz e Cobasi informou que o colegiado ainda não alcançou um consenso sobre o caso.
Na sexta-feira, 17, o Cade promoveu uma audiência pública com representantes das duas redes varejistas, a terceira interessada na operação, Petlove, além de ONGs, associações, membros do governo federal e do Legislativo.
José Levi Mello do Amaral Jr., que conduz o processo, destacou que o colegiado está em fase de instrução complementar para consolidar as informações necessárias para uma decisão adequada.
O Departamento de Estudos Econômicos do Cade está avaliando detalhadamente as questões concorrenciais e realizando novos testes de mercado para obter um panorama completo, que pode confirmar ou modificar as análises iniciais da Superintendência-Geral do órgão.
A Superintendência-Geral aprovou sem restrições a operação no começo de junho de 2025, mas um recurso apresentado posteriormente elevou a decisão para o tribunal administrativo.
José Levi ressaltou que ainda não é possível prever um consenso entre os conselheiros e que inicialmente buscará entender os possíveis desdobramentos, seja rejeição, aprovação ou aprovação acompanhada de medidas específicas.
Se forem necessários ajustes para garantir a concorrência, será promovida uma negociação visando um acordo equilibrado.
O relator afirmou que não pretende sugerir remédios de imediato, mas estimulará as partes interessadas a considerarem potenciais soluções, ressaltando que já houve discussões iniciais nesse sentido.
Com o prazo de análise prorrogado em 90 dias pelo Cade, o processo ainda está em fase inicial e a realização da audiência pública é vista como uma estratégia para avançar na avaliação.
Essas informações foram fornecidas em resposta a questionamento da deputada federal Gisela Simona (União-MT) sobre possíveis desfechos do caso.
O acordo para a combinação dos negócios foi firmado em agosto de 2024, com a perspectiva de implementar a união por meio da incorporação das ações da Petz pela Cobasi.
Ao final da operação, os acionistas da Petz terão 52,6% da nova empresa formada e os da Cobasi, 47,4%. A Petz passará a ser uma subsidiária integral da Cobasi.

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