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Após temporada de calor, a chuva voltou a cair no Distrito Federal
Converse com qualquer pessoa que mora em Brasília. Em menos de cinco minutos, o clima aparece no papo. Se antes falavam só do calor, agora, o assunto é a chuva. Tudo por conta da mudança climática prevista pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para ocorrer nos próximos dias. A partir de hoje, a tendência é que o cerrado se refresque com chuvas rápidas e intensas. Ontem, choveu em Riacho Fundo, Taguatinga, Samambaia, Guará e Brazlândia.
O aguaceiro em Taguatinga e Samambaia, no fim da tarde de ontem, causou estragos, mas sem vítimas. Um outdoor caiu em cima de um carro entre as quadras QR 210 e 212 de Samambaia Norte. O acidente danificou também fios e postes do local. Gustavo Pereira, 27, dono do veículo, contou que, por volta das 18h, estava no carro com três amigos quando os fortes ventos derrubaram a placa. “Na hora, achei que tinha sido uma batida, foi um susto enorme”, acrescenta. Ninguém se feriu no acidente. Por volta de 18h40, o forro do telhado de um supermercado na Quadra 201 de Samambaia Norte cedeu. O Corpo de Bombeiros interditou o local e chamou a Defesa Civil, devido ao risco de desabamento.
Antes de dar as boas-vindas à chuva, o clima na cidade era de desânimo por causa do calor. Para o engenheiro florestal Vitor Martim de Oliveira, 35, a agonia ocorre quando está em locais fechados. Vitor faz exercícios no Parque da Cidade pelo menos três vezes por semana e não vê problema no sol forte. “Gosto disso aqui. Me sinto livre. A minha academia é ao ar livre. O clima ajuda no ânimo dos exercícios”, argumenta.
Há quase seis meses, moradores de São Sebastião passaram a conviver com a rotina de abrirem as torneiras das casas e delas não sair uma gota d’água. O problema não se estende apenas por horas. Em algumas localidades, a população chegou a ficar até oito dias sem o serviço. No fim de semana, a população de Brazlândia, Santa Maria e Sobradinho também foi atingida pela interrupção. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) garante que a capital federal não corre risco de ficar sem água. Mas um especialista do setor revela que o risco é real na região.
O gerente de planejamento e controle de água da Caesb, Diogo Valadão Gebrim, justifica as falhas no abastecimento no fim de semana ao alto consumo no período de calor. “Nessas localidades, o que houve foi um uso excessivo. Em São Sebastião, há uma preocupação: a capacidade do manancial opera no limite”, explica. De acordo com a Caesb, os níveis de água nos dois reservatórios da capital (Santa Maria e Lago do Descoberto) estão assegurados. Porém, o professor da UnB e vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Paranoá, Paulo Sérgio Bretas de Almeida Salles, afirma que se não houver um consumo consciente, a capital pode sofrer com a interrupção. “A nossa oferta de água na seca sempre foi baixa. O fato de a população ter crescido de uma forma desordenada fez com que perdêssemos muita água.
Fonte: Correio Web
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