Economia
Advogada alerta ex-ministro sobre fraudes no INSS; CPI investiga

A CPI do INSS ouviu nesta segunda-feira a advogada Tônia Galleti, ex-membro do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), que afirmou ter comunicado pessoalmente ao ex-ministro da Previdência Carlos Lupi sobre os descontos ilegais em benefícios de aposentados logo após sua posse em janeiro de 2023.
Durante a reunião, Lupi, acompanhado por assessores, prometeu apurar a situação, porém, segundo a advogada, nenhuma ação foi tomada.
Em um dos pedidos de convocação, o senador Izalci Lucas (PL-DF) destacou que Tônia Galleti buscou formalmente levantar a discussão sobre o aumento das fraudes e a necessidade urgente de regulamentar os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) firmados com associações e sindicatos.
O parlamentar ressaltou que a iniciativa da advogada representava uma oportunidade única para frear os prejuízos no INSS.
“O depoimento da senhora Tônia Galleti é essencial para que esta Comissão Parlamentar possa detalhar com clareza a sequência dos fatos conhecidos pelas principais autoridades da Previdência Social, além das articulações políticas que mantiveram um ambiente regulatório permissivo e favorável aos crimes investigados”, afirmou o senador.
Também nesta segunda-feira, a CPI ouviu Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da associação Amar Brasil, uma das organizações suspeitas de participar do esquema bilionário de fraudes contra aposentados.
Em um dos requerimentos relacionados à convocação de Gomes, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que a Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal, desvendou uma rede criminosa complexa envolvendo entidades de classe, lobistas e funcionários públicos.
“As investigações revelaram o uso de métodos ilegais, como a biometria paralela, que permitiu descontos indevidos nos benefícios previdenciários, além da captura ilegal de dados pessoais dos segurados”.

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