Licença libera Petrobras para explorar petróleo na Foz do Amazonas

Organizações ligadas à produção de petróleo e gás estão comemorando a aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que a Petrobras inicie a perfuração de poços para pesquisa exploratória na bacia sedimentar da Foz do Amazonas.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que a produção de petróleo na área contribuirá para o crescimento econômico do Brasil.

“Após um extenso diálogo entre o Ibama e a Petrobras, finalmente foi concedida a licença para o poço pioneiro na Margem Equatorial, que visa identificar a existência de petróleo na região. A Petrobras cumpriu todas as análises prévias e testes exigidos. A FUP celebra esta notícia, que representa um avanço para garantir a soberania energética do país”, comentou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que representa o setor de óleo, gás e biocombustíveis, avaliou que a autorização trará benefícios econômicos significativos para o Brasil.

“Essa decisão é fundamental para que o país compreenda melhor o potencial de suas reservas, apoiando a segurança energética e o desenvolvimento social e econômico da Região Norte”, afirmou o presidente do IBP, Roberto Ardenghy.

A nota da instituição ressalta ainda que “a indústria brasileira de óleo e gás tem uma sólida trajetória de operações seguras, seguindo rigorosos padrões técnicos e de segurança estabelecidos por órgãos reguladores e ambientais, e é reconhecida mundialmente”.

A Associação Brasileira das Empresas de Bens e Serviços de Petróleo (ABESPetro) qualificou a concessão da licença como um “momento histórico”.

“O Brasil dá um passo significativo para manter sua autossuficiência em petróleo e avançar em sua segurança energética, além de abrir novas oportunidades para a indústria e melhorar os indicadores socioeconômicos”, indicou o presidente executivo da ABESPetro, Telmo Ghiorzi.

“A extração de petróleo e a industrialização que ela promove são essenciais para que o país continue gerando empregos de alta qualificação e bons salários, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, que serão profundamente beneficiadas por este progresso”, acrescentou.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também expressou apoio à decisão do Ibama, destacando que a licença representa um avanço importante para avaliar o potencial da costa norte brasileira, considerada de alta relevância estratégica para uma transição energética justa e sustentável.

De acordo com um estudo do Observatório Nacional da Indústria da CNI, o desenvolvimento nessa região pode criar cerca de 495 mil empregos formais, aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em R$ 175 bilhões e gerar aproximadamente R$ 11,23 bilhões em receitas indiretas.