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Agência de risco Moody’s corta nota de crédito da Petrobras
A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou nesta terça-feira a nota de crédito em moeda estrangeira da Petrobras, de Baa1 para Baa2. Em comunicado, a agência disse que a decisão se justifica pelo alto grau de endividamento da estatal, situação que só deve se reverter “bem depois de 2016”, ao contrário das previsões originais.
Apesar do rebaixamento, a empresa ainda se enquadra na categoria “grau de investimento”, porém a dois degraus de perder a chancela, usada como referência por investidores internacionais.
Na nota, a Moody’s disse que a companhia está pressionada pelos preços do petróleo e o câmbio. A perspectiva continua negativa.
“Enquanto a Petrobras tem sido relativamente bem-sucedida em executar seu programa ambicioso e entregar metas agressivas de produção, a alavancagem (relação entre dívida e patrimônio) continua a crescer em 2014, causando a impossibilidade de suportar custos relacionados à importação de petróleo, desvalorização da moeda local e um programa agressivo de capex (investimentos de bens de capital”, disse Nymia Almeida, vice-presidente de crédito da Moody’s, em comunicado.
Pelas contas da agência de risco, a dívida da petroleira chegou a US$ 170 bilhões em junho deste ano, um aumento de US$ 25 bilhões em relação a dezembro do ano passado. A Moody’s atribui o grau de endividamento principalmente à defasagem entre os preços internacionais e os praticados no país. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a empresa deve reajustar preços mesmo com o fim dessa defasagem, causado pela queda do valor do petróleo.
A queda dos preços internacionais, no entanto, também pode prejudicar a produção da Petrobras, se prolongada no médio prazo, destaca a Moody’s.
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