Trump promete entregar submarinos nucleares à Austrália

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira (20) que fornecerá submarinos nucleares à Austrália e firmou um acordo com o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, na Casa Branca.

Os líderes se reuniram para estreitar a colaboração entre Washington e Canberra diante do aumento da influência da China na região.

Trump afirmou na sala do gabinete da Casa Branca que a fabricação dos submarinos para a Austrália está avançando rapidamente. “Estamos trabalhando duro e o processo iniciou agora mesmo. Está progredindo muito bem”, destacou.

O pacto AUKUS, envolvendo Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, busca conter a crescente capacidade militar da China e pode representar um investimento de até 235 bilhões de dólares (cerca de R$ 1,26 trilhão, considerando a cotação atual) para a Austrália nos próximos 30 anos.

Os submarinos de propulsão nuclear são parte fundamental da estratégia australiana para ampliar seu alcance ofensivo no Pacífico.

No início do ano, Washington anunciou revisão do acordo firmado na gestão do ex-presidente Joe Biden que previa a entrega de pelo menos três submarinos nucleares da classe Virgínia, mas Trump garantiu que a Austrália receberá os equipamentos.

Além disso, foi firmado um acordo sobre minerais críticos e terras raras, essenciais para a fabricação de componentes tecnológicos.

Albanese destacou que o acordo vai impulsionar projetos no valor de 8,5 bilhões de dólares (R$ 45,71 bilhões) na Austrália e elevará as relações bilaterais a um novo nível.

Ele ressaltou que as vastas reservas australianas podem reduzir a dependência da China no fornecimento global de terras raras, que são cruciais para produtos tecnológicos.

A Austrália é rica em lítio, cobalto, manganês e outros metais raros imprescindíveis em tecnologias variadas, desde semicondutores até equipamentos de defesa, veículos elétricos e turbinas eólicas.

O governo australiano informou que, em parceria com os EUA, pode investir mais de 1 bilhão de dólares (R$ 5,38 bilhões) nos próximos seis meses, enquanto a Casa Branca estimou o investimento total em cerca de 3 bilhões de dólares (R$ 16,13 bilhões) entre ambos os países.