Centro-Oeste
Tutor de cadela intoxicada por petisco para mau hálito recebe indenização

A cadela Meggy, de 13 anos, pertencente a uma residente de Taguatinga, enfrentou um período delicado após consumir um petisco destinado à limpeza dos dentes. O produto estava contaminado por uma substância prejudicial.
O incidente, que ocorreu em julho de 2022, levou a uma decisão judicial contra a empresa General Treats Indústria e Comércio Ltda., que foi obrigada a compensar financeiramente o proprietário do animal.
De acordo com o processo, Meggy apresentou sintomas como vômito, diarreia, tremores, fraqueza e falta de apetite logo após ingerir uma pequena porção do produto da linha “Snack Dental Care”, que é voltado para a higiene bucal de cães. O tutor registrou um boletim de ocorrência e encaminhou o petisco para análise da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O laudo confirmou a presença de etilenoglicol, uma substância altamente perigosa encontrada em produtos de limpeza e anticongelantes. Essa substância pode causar irritação no sistema digestivo, afetar o sistema nervoso central e, em casos graves, provocar insuficiência renal aguda, condição que pode ser fatal para cães e gatos.
Embora Meggy tenha sobrevivido e não tenha sofrido danos permanentes, a Justiça reconheceu o sofrimento moral do tutor e determinou o pagamento de uma indenização de R$ 3 mil, além do reembolso de R$ 21,99, valor pago pelo produto.
Thayná de Farias Rodovalho, advogada do tutor, celebrou a decisão e ressaltou a importância do caso. “A sentença evidencia o reconhecimento do valor emocional e legal dos animais atualmente, aplicando o princípio da dignidade em sua dimensão ecológica”, declarou.
Ela também alertou sobre os perigos de produtos contaminados no mercado. “Com o aumento de casos semelhantes, a população espera decisões que desencorajem práticas prejudiciais na fabricação de alimentos e produtos destinados tanto a animais quanto a seres humanos”, acrescentou.

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