Economia
Governo planeja cortar gastos e ajustar orçamento com apoio de Motta

O Governo do Brasil está em tratativas com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para enviar uma nova medida provisória ao Congresso que assegure a redução imediata de despesas.
A proposta é que essa medida provisória tenha validade até a aprovação de um projeto de lei que trate do mesmo assunto.
Inicialmente, o governo estimava economizar R$ 10,7 bilhões com várias ações, incluindo alterações nas regras do seguro-defeso, restrições nas compensações previdenciárias, inclusão do programa Pé-de-Meia no piso da Educação, e redução do período do benefício do auxílio-doença fornecido por análise documental (Atestmed). Contudo, a medida provisória original que abordava esses temas foi rejeitada pelo Congresso há cerca de duas semanas.
A MP também previa aumento da arrecadação por meio da taxação de apostas fixas e fintechs, além da limitação das compensações tributárias. Após a rejeição, o governo decidiu separar as propostas em dois focos: um para redução de despesas e outro para incremento de receitas.
Esse desmembramento visa diminuir a resistência dos parlamentares e ao mesmo tempo pressioná-los a se posicionar sobre as pautas respondendo a essas medidas. Há também a possibilidade de incorporar algumas dessas propostas em projetos em tramitação no Congresso por iniciativa dos legisladores.
A equipe econômica avalia que o corte de gastos deve ser feito com urgência devido à queda na arrecadação atual. Assim, a MP seria enviada para ter efeito imediato após sua publicação.
As conversas estão ocorrendo entre ministros e Hugo Motta, e o tema deve ser levado também ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para negociação.
Medidas da MP previstas para 2026
Aumento de receitas
- Apostas de Quota Fixa: R$ 1,7 bilhão
- Alíquota de CSLL: R$ 1,58 bilhão
- Limitação de compensação tributária indevida: R$ 10 bilhões
- Juros sobre Capital Próprio: R$ 4,99 bilhões
Corte de despesas
- Pé-de-Meia: R$ 4,818 bilhões
- Atestmed: R$ 2,616 bilhões
- Comprev: R$ 1,550 bilhão
- Seguro defeso: R$ 1,703 bilhões

Você precisa estar logado para postar um comentário Login