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Economia

Trump e Xi acertam reduzir tensão comercial entre EUA e China

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Os presidentes Donald Trump e Xi Jinping acertaram nesta quinta-feira (30) medidas para diminuir o atrito comercial entre os Estados Unidos e a China: os EUA vão cortar algumas tarifas enquanto a China continuará garantindo o fornecimento das importantes terras raras.

Trump qualificou o primeiro encontro presencial com Xi em seis anos como um ‘grande sucesso’, e o líder chinês declarou que chegaram a um ‘consenso importante’ para resolver uma disputa econômica que tem afetado mercados e cadeias de suprimentos.

‘Acredito que foi uma reunião incrível’, disse Trump após o encontro na cidade sul-coreana de Busan. O presidente americano elogiou Xi como ‘um tremendo líder de uma nação muito poderosa’ e anunciou planos de visitar a China em abril.

O republicano também revelou que logo após a reunião Pequim ‘vai adquirir grandes quantidades, enormes volumes, de soja e outros produtos agrícolas’.

Essa decisão pode impactar países latino-americanos como Brasil e Argentina, que aumentaram suas exportações para a China durante a disputa entre Washington e Pequim.

Quanto às terras raras, elementos essenciais para indústrias como defesa e tecnologia, foi acordado um compromisso renovável por um ano para garantir seu fornecimento pela China.

O Ministério do Comércio chinês confirmou que vai suspender durante um ano algumas restrições de exportação, inclusive das terras raras, área em que possui domínio significativo.

‘Tudo sobre as terras raras foi resolvido, e isso é para o mundo’, declarou Trump aos jornalistas a bordo do Air Force One.

Ele afirmou que o presidente chinês também concordou em colaborar intensamente para conter o fluxo do perigoso opioide fentanil, um comércio do qual Washington acusa China e México de conivência.

‘Implementei uma tarifa de 20% contra a China devido à entrada do fentanil (…). Com base nas declarações feitas hoje, vou reduzi-la para 10%’, indicou o americano.

Parceiros e aliados

Os presidentes não falaram imediatamente após o encontro, que durou uma hora e 40 minutos.

Trump foi direto para o Air Force One, acenando e levantando o punho, enquanto Xi seguiu para seu carro.

O líder chinês comentou antes do encontro que as nações ‘devem ser parceiras e amigas’.

Sentados frente a frente durante a reunião, ambos foram acompanhados por membros de alto escalão, incluindo o secretário de Estado americano, Marco Rubio, e o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi.

Antes do encontro, Trump anunciou que pediu ao Departamento de Defesa para começar a testar armas nucleares ‘em igualdade de condições’.

Ele acrescentou que a China possui o ‘distante terceiro lugar’ em arsenais nucleares, atrás dos EUA e Rússia, mas que em cinco anos estará no mesmo nível.

Elogios

Os dois presidentes foram à Coreia do Sul para a cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), que segue até sábado na cidade de Gyeongju.

A Coreia do Sul foi a última etapa da viagem de Trump pela Ásia, onde recebeu elogios e presentes, incluindo uma réplica antiga de uma coroa coreana de ouro.

No Japão, a primeira-ministra Sanae Takaichi indicou que nomearia Trump ao Prêmio Nobel da Paz e presenteou-o com taco e bola de golfe banhados a ouro.

Entretanto, a expectativa de Trump de um encontro com o líder norte-coreano Kim Jong Un na Zona Desmilitarizada não se realizou. O presidente disse que esse encontro ocorrerá em breve.

Na quinta-feira, o presidente americano elogiou a aliança militar com Seul como ‘mais forte do que nunca’ e aprovou a construção de um submarino nuclear para a Coreia do Sul.

Outro tema esperado nas conversas foi Taiwan, com especulações de que Pequim pressionaria os EUA a reduzir seu apoio à ilha.

Trump disse que Taiwan ‘não foi discutida em momento algum’.

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