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Pai batalha na justiça para guardar filha dada como morta pela mãe

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Floriel Pires Maciel, auxiliar de construção civil de 24 anos, move uma ação judicial para ter o reconhecimento da paternidade e a guarda da filha em uma disputa marcada por mentiras e conflitos familiares. A mãe da criança, que tem 2 anos e 8 meses, chegou a informar falsamente que a bebê havia falecido, mas na verdade entregou a criança para adoção junto a parentes.

Floriel relata que esteve em um relacionamento de aproximadamente sete anos com a mãe da criança, ambos residentes em Águas Lindas de Goiás. O casal tem um filho mais velho, atualmente sob guarda unilateral provisória de Floriel.

Segundo ele, o relacionamento foi marcado por desacordos e desentendimentos constantes, culminando na separação do casal quando o primeiro filho atingiu dois anos de idade. Meses depois, durante uma tentativa de reconciliação, a mulher engravidou e inicialmente afirmou que a criança seria de Floriel, porém, depois negou a paternidade, mencionando outro relacionamento.

Após o nascimento da menina em fevereiro de 2023, a mãe comunicou ter ocorrido a morte da bebê um dia após o parto por problemas cardíacos. A verdade começou a ser revelada quando Floriel avistou, por acaso, o parceiro da prima da ex-companheira segurando um bebê que aparentava ser a filha dele. Ao questionar, Floriel solicitou o atestado de óbito da criança e, não obtendo resposta satisfatória, acionou a polícia e o conselho tutelar.

A polícia encontrou a criança na casa da prima, que afirmou ter recebido a bebê em adoção devido à depressão pós-parto da mãe biológica.

O exame de DNA confirmou a paternidade biológica de Floriel, mas o pai ainda enfrenta dificuldades para registrar oficialmente a filha e exercer a guarda, tendo visitas supervisionadas de apenas três horas semanais, o que ele considera insuficiente para estabelecer um vínculo sólido.

A advogada de Floriel, Raquel Gomes, destaca que o processo é moroso e que só trata da guarda, enquanto a parte criminal, relacionada à entrega da criança sem o conhecimento do pai biológico ou do judiciário, ainda precisa ser investigada.

Uma nova audiência para discutir a guarda da menina está prevista para o fim de novembro. Floriel manifesta seu desejo de manter a guarda exclusiva da filha, ressaltando o impacto emocional da situação sobre sua saúde mental.

Posicionamento das partes envolvidas

O advogado do pai registral, Ilvan Barbosa, nega as acusações feitas por Floriel e informa que o processo corre em segredo de Justiça. Ele enfatiza que a defesa busca proteger o bem-estar da criança e que o pai registral agiu de boa-fé ao registrar a criança, acreditando ser o pai biológico.

A defesa da mãe biológica, por sua vez, afirmou que o processo está em andamento e protegido por segredo de Justiça, não podendo revelar informações detalhadas sobre o caso no momento.

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