Trabalhador morre após resgate em desabamento de torre histórica em Roma

Um trabalhador que foi resgatado após passar mais de 11 horas preso nos escombros de uma torre medieval parcialmente desabada no centro de Roma faleceu nesta terça-feira (4), segundo informações da imprensa italiana citando fontes médicas.

O trabalhador, identificado como Octay Stroici, de 66 anos e natural da Romênia, ficou encurralado após o colapso parcial da Torre dei Conti, que incluiu a queda de parte do interior e da fachada do monumento.

Esta torre, que data do início do século XIII e estava em processo de restauração, está situada em uma área muito frequentada, próxima ao Coliseu, o ponto turístico mais visitado da Itália.

Stroici manteve-se consciente durante o extenso resgate, mas acabou hospitalizado em estado grave conforme informou o Ministério das Relações Exteriores da Romênia.

Ele chegou ao hospital com parada cardiorrespiratória, e os médicos tentaram reanimá-lo por mais de uma hora, segundo o hospital Umberto I, que falou à agência de notícias italiana Ansa.

“Apesar das tentativas, não foi possível restauração da atividade cardíaca espontânea, e a morte foi confirmada às 0h20 [20h20 da segunda-feira em Brasília],” comunicou a equipe médica.

O colapso gerou uma grande nuvem de poeira branca e escombros que caíram na rua abaixo.

As equipes de bombeiros utilizaram guindastes para alcançar as janelas da torre e também empregaram drones para examinar cuidadosamente a área afetada.

Outros três trabalhadores presentes no local foram resgatados; um deles foi encaminhado ao hospital em condição crítica, conforme explicado por um representante dos bombeiros.

Um segundo desabamento parcial ocorreu cerca de uma hora e meia depois, causando novas nuvens de poeira.

Um dos operários que estava no local na primeira queda, que se identificou como Ottaviano, de 67 anos, relatou que conseguiu escapar pela sacada e descreveu o local como inseguro, manifestando vontade de voltar para casa.

A Torre dei Conti, construída no início do século XIII, estava passando por obras de restauro financiadas pela União Europeia.

Os incidentes de segunda-feira comprometeram um dos pilares que reforçavam o edifício, além de afetar a base, escada e o teto da estrutura, informou a Direção de Patrimônio Cultural de Roma.

As reformas, iniciadas em junho de 2025 e que incluíam a retirada de amianto da construção, estavam praticamente finalizadas.

A Direção de Patrimônio Cultural assegurou que análises feitas no início da restauração indicavam condições adequadas de segurança para a continuidade das obras.

O prefeito de Roma, Lamberto Giannini, e o ministro da Cultura da Itália, Alessandro Giuli, estiveram no local para acompanhar a situação.