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Economia

Ibovespa cai após alta recorde em meio a cautela internacional

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A cautela externa combinada com a temporada de resultados no Brasil orienta as operações na B3 nesta terça-feira, 4. Na segunda-feira, o Ibovespa atingiu pela primeira vez a marca simbólica de 150 mil pontos, impulsionado pelo desempenho das bolsas norte-americanas e pela expectativa de corte na taxa Selic, a ser comunicada pelo Copom amanhã.

No cenário macroeconômico, a produção industrial registrou recuo de 0,4% em setembro, após avanço de 0,7% em agosto (dados revisados), resultado alinhado à mediana das projeções do mercado financeiro. Esse dado não altera as expectativas de manutenção da Selic em 15% na próxima decisão do Copom.

Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez, comenta que “a indústria tende mais para a estabilização do que para uma desaceleração contínua. Isso pode levar o Copom a postergar o início da redução da Selic, que poderia ocorrer entre janeiro e abril, em vez de entre janeiro e março”.

Entre os resultados divulgados, estão Itaú, CSN e CSN Mineração após o fechamento da Bolsa brasileira. A Embraer anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 289 milhões, queda de 76,4% no terceiro trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. Já a Klabin teve lucro líquido de R$ 478 milhões no terceiro trimestre de 2025, redução de 34% sobre o terceiro trimestre de 2024, conforme esperado. As units da Klabin avançaram 2,56%.

Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos, afirma que “a realização de lucros acontecerá em algum momento, o que é saudável para o mercado. A divulgação do balanço do Itaú será muito importante”. Ele destaca que a maior expectativa está na decisão do Copom, prevista para amanhã, com a expectativa de manutenção da Selic em 15%, mas com possibilidade de indicação de cortes futuros no comunicado.

Nesta manhã, os principais índices acionários do Ocidente operam em baixa, refletindo a análise dos resultados corporativos. Nos Estados Unidos, pesam as dúvidas quanto a novos cortes futuros nas taxas de juros e a paralisação do governo Trump, que hoje chegou ao 35º dia, igualando o recorde de 2018-2019.

Os contratos futuros de petróleo recuam cerca de 1%, e o minério de ferro fechou em queda de 1,71% em Dalian, China. Silvio Campos Neto, economista sênior e sócio da Tendências Consultoria, avalia que “a correção externa e o declínio nos preços das commodities favorecem uma sessão de ajustes também no Brasil, após um período de forte valorização dos ativos”.

Ontem, o Ibovespa fechou em novo recorde, com 150.454,24 pontos, alta de 0,61%, marcando a sexta máxima consecutiva.

Às 11h23 desta terça-feira, o Ibovespa recuava 0,06%, para 150.367,11 pontos, com mínima intradia de 149.978,79 pontos (-0,32%) e máxima de 150.464,38 pontos (alta de 0,01%). A abertura foi em 150.453,48 pontos, sem variação inicial. Entre as ações mais negociadas, Petrobras, que divulgará balanço na quinta-feira, registrava queda entre 0,10% (PN) e 0,25% (ON). Itaú Unibanco apresentava baixa de 0,02%, enquanto a Vale recuava 0,73%.

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