Economia
Petrobras registra lucro líquido de R$ 32,7 bi no 3º trimestre com leve alta
A Petrobras anunciou um lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre deste ano, representando um pequeno aumento de 0,6% em comparação aos R$ 32,5 bilhões do mesmo período do ano anterior.
Convertido em dólar, o lucro foi de US$ 6,027 bilhões, um crescimento de 2,7% frente aos US$ 5,870 bilhões do terceiro trimestre de 2024.
Enquanto analistas previam um lucro médio de R$ 24,9 bilhões, com variações entre R$ 22 bilhões e quase R$ 27 bilhões, a estatal surpreendeu ao informar primeiro os ganhos em dólares antes dos valores em reais.
Durante o terceiro trimestre de 2024, o preço do barril de petróleo caiu de US$ 80,18 para US$ 69,07, uma queda de 13,9% na comparação anual. Ainda assim, o lucro maior foi atribuído a um aumento de 8,1% na produção e à redução de 10% nos custos operacionais.
Este resultado ocorre após a aprovação do Ibama para a perfuração do primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, região da Margem Equatorial, área de grande debate. A empresa também se prepara para lançar seu novo plano de negócios com investimentos previstos para o período de 2026 a 2030.
Entre julho e setembro, a receita da Petrobras somou US$ 23,477 bilhões, um ligeiro aumento de 0,5% em relação aos US$ 23,366 bilhões registrados no mesmo trimestre do ano anterior.
Fernando Melgarejo, diretor financeiro da companhia, afirmou: “A Petrobras está gerando resultados financeiros positivos e retorno aos seus acionistas, mesmo diante do novo cenário de preços do petróleo. Nos últimos 12 meses, o Brent caiu US$ 11 por barril, mas conseguimos compensar essa queda elevando nossa produção para mais de 2,5 milhões de barris por dia e estabelecendo recordes operacionais. Nossa eficiência aumentou, reduziu-se o tempo de paradas e alcançamos o pico de produção do FPSO Almirante Tamandaré, superando sua capacidade nominal. Esses avanços refletem resultados concretos para a empresa, seus acionistas e para o Brasil.”
No mercado interno, o preço dos derivados básicos caiu 4%, de US$ 88,10 para US$ 84,54 por barril entre o terceiro trimestre de 2023 e 2024.
Produção em crescimento
A produção total comercial da Petrobras atingiu 2,768 milhões de barris de óleo equivalente por dia no terceiro trimestre, 8,1% superior ao mesmo período do ano anterior. O pré-sal foi destaque, com alta de 6,6%, chegando a 2,117 milhões de barris diários.
Esse desempenho foi atribuído à menor quantidade de paradas programadas e aos investimentos em eficiência nas bacias de Campos e Santos. No pós-sal profundo e ultra profundo, a produção cresceu 17,3% em relação ao terceiro trimestre de 2024.
Foram colocados em operação 11 novos poços produtores, sendo sete na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos.
Menores custos e investimentos
As despesas operacionais caíram de US$ 3,605 bilhões para US$ 3,241 bilhões entre os mesmos períodos.
A Petrobras destacou que a valorização menor do real frente ao dólar no trimestre, combinada com a reversão de impairment no Complexo de Energias Boaventura, contribuiu para o lucro líquido.
Nos primeiros nove meses do ano, os investimentos alcançaram US$ 14,0 bilhões, uma elevação de 28,6% sobre o ano anterior. Somente no terceiro trimestre, foram investidos US$ 5,5 bilhões, 24,3% a mais que no segundo trimestre.
Em 30 de setembro de 2025, a dívida bruta da companhia chegou a US$ 70,7 bilhões, 3,9% acima do valor registrado em 30 de junho de 2025, devido a captações de US$ 2,2 bilhões realizadas no trimestre que fortaleceram o caixa.
Exportações recordes
As exportações de petróleo bateram recorde no trimestre, crescendo 18% e totalizando 814 mil barris por dia. Já as importações de diesel caíram 0,8%, para 121 mil barris diários.
O principal destino das exportações brasileiras foi a China, que respondeu por 53% dos embarques, seguida pela Europa (15%), América Latina (10%) e Estados Unidos (3%).

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