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Economia

Petrobras fura um dos poços mais profundos na Bacia da Foz do Amazonas

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Em uma teleconferência com analistas para apresentar os resultados financeiros do terceiro trimestre deste ano, Fernando Melgarejo, diretor-executivo Financeiro de Relacionamento com Investidores da Petrobras, informou que o poço na Bacia da Foz do Amazonas, situada na Margem Equatorial, será um dos mais profundos perfurados pela empresa.

Na quinta-feira (6), a estatal comunicou um lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre, ligeiramente superior aos R$ 32,5 bilhões no mesmo período do ano passado.

Apesar da queda de 13,9% no preço do barril de petróleo, a Petrobras atribuiu o resultado levemente melhor ao aumento de 8,1% na produção, à expansão das vendas de derivados e das exportações, além da redução de 11% dos custos operacionais.

Este é o primeiro resultado após a aprovação do Ibama, concedida em 20 de outubro, para perfurar o primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, localizada na Margem Equatorial, no litoral norte do país.

“Essa conquista é resultado de um rigoroso processo de diálogo com o Ibama e demonstra a robustez da Petrobras na proteção ambiental, seguindo os mais altos padrões de segurança. A profundidade total do poço ultrapassa 7 mil metros, situando-o entre os mais profundos já perfurados pela companhia. Essa complexidade técnica destaca nossa capacidade tecnológica. Atuaremos na Margem Equatorial com total segurança e responsabilidade”, declarou.

Aumento de produção nas plataformas

Fernando Melgarejo reforçou a busca da Petrobras pela aceleração dos projetos, focando na eficiência.

“O cenário é desafiador, especialmente com a queda do preço do Brent, impactando não só a Petrobras, mas o setor globalmente. Isso exige esforços constantes para melhorar a eficiência, e estamos dedicados a isso. Estamos acelerando nossos processos internamente”, afirmou.

Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, também enfatizou a necessidade de acelerar os projetos.

“Continuaremos acelerando para antecipar a conclusão dos projetos. Um exemplo é a P-79, que inicialmente estava prevista para agosto de 2026, mas agora será entregue já em 10 de novembro, saindo do estaleiro na Coreia. Esse é o tipo de resultado almejado: gestão eficiente, acompanhamento rigoroso, dentro do custo, prazo e qualidade”, explicou.

Consultada sobre os planos futuros, a diretora preferiu não comentar, pois a empresa divulgará seu novo plano de negócios para 2026-2030 em 27 de novembro. A Petrobras destaca a ampliação da capacidade produtiva das plataformas como uma das estratégias principais.

Melgarejo mencionou negociações com o Ibama para autorizar o aumento da produção em cinco unidades FPSOs, o que pode elevar a produção em 115 mil barris por dia.

“Cada acréscimo de 100 mil barris por dia na produção representa uma receita adicional de US$ 2 bilhões anuais”, ressaltou.

Renata adiantou que a Engenharia da Petrobras está avaliando o potencial para ampliar a produção nas plataformas próprias.

“A P-71 e a P-70 já excedem a capacidade nominal de 150 mil barris por dia, produzindo atualmente 159 mil. Encomendamos um estudo para a P-58, que entra em operação no próximo mês, e estamos analisando as posibilidades para a P-79”, detalhou.

Dividendos

A Petrobras anunciou o pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos ordinários referentes ao terceiro trimestre de 2025, dos quais 28,67% irão para o governo federal. Nos primeiros seis meses deste ano, a empresa já havia distribuído R$ 20,38 bilhões em dividendos.

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