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Celac e UE condenam uso da força no Caribe sem citar EUA

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Países da América Latina e da União Europeia manifestaram, em 9 de julho, sua reprovação ao emprego da força que viole o direito internacional, durante uma declaração conjunta emitida na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia (UE).

O evento, realizado em Santa Marta, Colômbia, contou com críticas indiretas aos Estados Unidos e menções a conflitos globais como os da Ucrânia e de Gaza, apesar das ausências notáveis de vários líderes.

Na declaração, assinada por 58 das 60 nações participantes (com a Venezuela e a Nicarágua se abstendo), reafirmou-se a rejeição ao uso ou ameaça de força que não esteja em conformidade com o direito internacional e a Carta da ONU.

Kaja Kallas, vice-presidente da Comissão Europeia, esclareceu que a omissão do governo dos EUA da declaração deveu-se à necessidade de unificação dos países presentes.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou sua preocupação com a presença militar americana na região e denunciou a reincidência do uso da força militar como justificativa para intervenções ilegais.

A cúpula acontece em um contexto delicado para a Colômbia, que vive sua pior crise com os EUA, país aliado histórico, onde o presidente Gustavo Petro classificou os ataques ordenados pelo ex-presidente americano como “execuções extrajudiciais”. O presidente americano respondeu com sanções financeiras ao país sul-americano, alegando insuficiência no combate ao narcotráfico.

A tensão entre a presença militar dos EUA e o governo venezuelano de Nicolás Maduro também foi abordada, com denúncias sobre interesses americanos em destituir o atual governo.

Kaja Kallas enfatizou que o uso da força é justificado apenas em legítima defesa ou por resolução do Conselho de Segurança da ONU.

Além disso, a declaração conjunta condena a guerra na Ucrânia, ressaltando o sofrimento humano causado, e faz referência à situação em Gaza, mencionando uma solução de dois Estados.

Dos 33 membros da Celac e 27 da UE, apenas nove líderes compareceram pessoalmente, dentre eles o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.

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