Economia
Mercado mantém projeções para inflação, crescimento e juros em 2025
O mercado financeiro manteve quase todas as expectativas para os próximos meses em relação à inflação (IPCA), crescimento econômico (PIB) e taxa de juros (Selic) para 2025. Segundo o relatório Focus, que compila as previsões das instituições financeiras, a mediana para o IPCA deste ano permaneceu em 4,55%, um valor ligeiramente acima do teto da meta de 4,50%. Há um mês, a previsão era de 4,72%. A projeção para a inflação de 2026 seguiu em 4,20%, contra 4,28% anteriormente.
O Banco Central, por sua vez, estima que o IPCA atinja 4,6% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme o último ciclo de comunicações do Comitê de Política Monetária (Copom). No horizonte relevante, o segundo trimestre de 2027, espera-se que a inflação acumulada em 12 meses seja de 3,3%.
Na última decisão, o Copom manteve a taxa Selic em 15% pela terceira vez consecutiva. O colegiado indicou que a estratégia de manter a taxa de juros nesse patamar por um período prolongado é suficiente para garantir o retorno da inflação à meta estabelecida.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, baseada no IPCA acumulado em 12 meses, com centro de 3% e tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Se a inflação ultrapassar essa faixa por seis meses seguidos, o Banco Central é considerado fora do alvo, como já ocorreu após a divulgação do IPCA de junho. A autoridade monetária divulgou uma carta aberta informando que espera que a taxa caia abaixo de 4,50% até o fim do primeiro trimestre de 2026.
Produto Interno Bruto (PIB)
A mediana do relatório Focus para o crescimento do PIB brasileiro em 2025 ficou estável em 2,16%, igual à registrada no mês anterior. Já as estimativas do Banco Central sofreram uma queda para 2% neste ano, contra 2,1% antes, segundo o Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre. Essa redução foi atribuída aos efeitos ainda incertos do aumento das tarifas de importação dos Estados Unidos e a sinais de desaceleração da economia no terceiro trimestre. Esses fatores foram parcialmente compensados por perspectivas mais otimistas para a agropecuária e a indústria extrativa.
As previsões intermediárias do Focus para o crescimento do PIB em 2026 permaneceram em 1,78%, praticamente estáveis em relação ao mês anterior. Para 2027, a mediana caiu ligeiramente para 1,88% enquanto a projeção para 2028 continuou em 2% pela 87ª semana consecutiva.
Câmbio
A previsão mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 manteve-se em R$ 5,41, ante R$ 5,45 um mês antes. A estimativa para o final de 2026 ficou em R$ 5,50 pela quarta semana consecutiva. As projeções para 2027 e 2028 também permaneceram em R$ 5,50, levemente abaixo dos valores do mês anterior.
Vale destacar que o câmbio anual divulgado no Focus é calculado com base na média da taxa em dezembro e não no fechamento do último dia útil do ano, conforme metodologia usada até 2020.

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