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Curdos da Alemanha acusam presidente sírio de genocídio e crimes de guerra
Um coletivo curdo na Alemanha entrou com uma ação legal contra Ahmed al Sharaa, líder da Síria, por acusações de genocídio, crimes de guerra e violações dos direitos humanos, conforme confirmado por procuradores alemães à AFP nesta segunda-feira (10).
Ahmed al Sharaa, anteriormente conhecido como Abu Mohamed al Jolani, assumiu a liderança interina da Síria depois que seu grupo derrubou o presidente Bashar al Assad no final do último ano.
A organização Comunitária Curda da Alemanha (KGD) responsabiliza Sharaa por graves crimes contra as minorias, incluindo o genocídio dos curdos yazidis em 2014, além de contínuos atos violentos contra grupos minoritários na Síria e no Iraque, conforme comunicado do vice-presidente Mehmet Tanriverdi.
Embora Sharaa tenha ligações anteriores com a Al Qaeda, liderando o grupo militante Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que somente em julho saiu da lista americana de grupos terroristas, ele tem tentado se distanciar desse passado jihadista, adotando uma postura mais moderada. Está marcada uma reunião entre ele e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca nesta segunda.
A KGD expressa preocupação pelo reconhecimento internacional do líder sírio, destacando seu convite pelo chanceler alemão, Friedrich Merz, para debater a expulsão de cidadãos sírios da Alemanha.
O grupo enfatiza que a Alemanha possui mecanismo e obrigação, via jurisdição universal, de responsabilizar indivíduos por crimes graves independentemente do local onde ocorreram, levantando dúvidas sobre a permissão para que um suposto criminoso de guerra permaneça no país.

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