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Brasiliense quebrou tornozeleira antes de entrar para o Comando Vermelho no RJ

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Morto durante uma grande operação nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro (RJ), Érick Vieira de Paiva, 21 anos, natural de Brasília, rompeu a tornozeleira eletrônica que usava antes de se unir ao Comando Vermelho (CV). O jovem, residente em Sobradinho II, estava sendo monitorado no Distrito Federal por violência doméstica.

A tornozeleira foi instalada no início de setembro deste ano, após Érick ameaçar sua avó de morte. Embora estivesse previsto que pudesse retirar o equipamento em dezembro, ele quebrou a tornozeleira antes do prazo e mudou-se para o Rio de Janeiro.

A primeira prisão de Érick por violência doméstica ocorreu em janeiro de 2024. A Polícia Militar do DF foi chamada para uma ocorrência da Lei Maria da Penha na Vila Buritizinho, envolvendo o jovem que estava alterado e danificando objetos.

A irmã de Érick foi quem denunciou a violência psicológica e ameaças constantes por parte do irmão. Relatos no processo judicial mostram que seu comportamento mudava quando consumia drogas, chegando a ameaçar sua irmã com palavras fortes e ameaças de agressão física.

Em março, Érick foi preso novamente, dessa vez acusado de agressão verbal e ameaça contra a própria avó, que o havia acolhido após ele ser expulso da casa da mãe há dois anos. Com o tempo, ele passou a ser agressivo e ofensivo, usando palavras depreciativas e ameaçando destruir a casa e ferir a avó.

Em abril, o jovem foi condenado pelo Tribunal do Júri de Sobradinho a oito anos de prisão, inicialmente em regime semiaberto, por tentativa de homicídio. O crime aconteceu em junho de 2023, após uma discussão motivada por consumo de álcool, quando Érick golpeou outro jovem com uma faca, que conseguiu fugir para pedir socorro. A pena foi posteriormente reduzida para seis anos após recurso da defesa.

O delegado Hudson Maldonado, da 13ª Delegacia de Polícia, declarou que não há evidências de que Érick tenha tido envolvimento com o crime organizado no Distrito Federal. Ele teria buscado no Rio de Janeiro melhores oportunidades para atividades ilícitas.

A Polícia Civil do Distrito Federal colaborou com as investigações da megaoperação Contenção contra o Comando Vermelho, que identificou que muitos dos mortos eram de outros estados, incluindo membros de várias regiões do país. Esse esforço conjunto visa conter a expansão da facção no DF.

A operação foi a mais violenta já realizada no Rio de Janeiro, resultando em quatro policiais mortos e 117 suspeitos baleados após confrontos durante as ações nos complexos do Alemão e Penha.

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