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Justiça pune oito por sequestro de modelo internacional em São Paulo
A Justiça de São Paulo condenou oito indivíduos envolvidos no sequestro e extorsão da Luciana Curtis, uma modelo de renome internacional, e sua família, ocorrido em novembro do ano anterior. Outros seis acusados foram absolvidos.
A pena mais severa foi aplicada a Sérgio Silva Silva Soares, que foi sentenciado a 33 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, estando ele já detido preventivamente. Ele participou diretamente do sequestro e da vigilância do local onde a família foi mantida em cativeiro, tendo antecedentes criminais que agravaram sua sentença.
O líder e coordenador do crime, Gabriel Valentim de Lima, recebeu uma sentença de 28 anos e 9 meses em regime fechado. Ele foi responsável por planejar o sequestro e organizar a movimentação do dinheiro extorquido das vítimas, e permanece foragido.
Cinco indivíduos que facilitaram o crime ao cederem suas contas bancárias para o depósito do dinheiro foram punidos com 17 anos de prisão. Uma mulher que trabalhava em uma casa lotérica e era responsável pela lavagem do dinheiro também recebeu a mesma pena. A Justiça entendeu que essas pessoas tiveram papel secundário na extorsão e roubo, pois não mantiveram contato direto com as vítimas.
Inicialmente, os réus foram acusados de atear fogo no veículo da família, que foi encontrado carbonizado, mas foram absolvidos por falta de provas concretas.
Detalhes do Sequestro
Luciana Curtis, seu marido e sua filha mais nova foram capturados na noite de 27 de novembro ao deixar um restaurante na Lapa, região oeste da capital paulista. Os criminosos interceptaram o carro da família e os levaram para um cativeiro na região da Brasilândia, zona norte da cidade.
A família foi mantida refém sob ameaça de armas e os criminosos realizaram transferências bancárias sob coerção. A Polícia Civil localizou o local do cárcere utilizando o GPS do celular de uma das vítimas.
O sequestro durou cerca de 12 horas, e apesar de as vítimas terem sido libertadas, os sequestradores conseguiram fugir antes da chegada da Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas. No cativeiro, foram encontrados escorpiões e cobras.
Dois dias após o ocorrido, o carro da família foi encontrado incendiado. Uma mulher ligada ao grupo foi identificada em 30 de novembro; ela atuava na lavagem do dinheiro captado por meio do trabalho em uma casa lotérica.
Após sua prisão, os demais envolvidos foram identificados e processados.

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